segunda-feira, 29 de junho de 2009

Time reserva, problemas titulares.

Atenções voltadas para a decisão de quinta-feira, o jogo de ontem serviu para Sir P. A. avaliar o seu grupo de jogadores e quem sabe definir o parceiro de Máxi Lopes. Mal começou o jogo e já teve uma certeza, o time reserva padeceria dos problemas titulares. Arrancada de Herrera, passe açucarado para Jonas que sem goleiro atrasou para o zagueiro. Rebote na área, Jonas de cabeça, com a goleira aberta, para fora. Futebol não perdoa, quem não faz leva... Empatamos e quando estavámos melhor no jogo, incorremos em outro erro recorrente, expulsão infaltil de Jonas. Não seguramos o placar, se parece não ter pernas com 11, imagine com 10. Do jogo era isso.

Será difícil se classificar para a Libertadores do ano que vem, caso o Grêmio não saía campeão. Nenhuma novidade, já que os times que disputam as finais da Copa dificilmente consegue recuperar o terreno perdido. Avalio o jogo menos pelo resultado e mais pelas atuações individuais. Creio que deu para Sir P. A. tirar algumas conclusões:

- Orteman: será um bom reforço para o time do Grêmio... de showbol;
- Hélder: de onde desenterraram esse cara, pensei que já estivesse jogando no Asa de Arapiraca;

- Jonas: honrou o título de pior atacante do mundo e deve ser corrido do Olímpico;

- Douglas Costa: reeditará o Bruno? Não sei qual o problema desse guri. Imaturidade, máscara, complexo de inferioridade ou superioridade? Deveria ser emprestado para o Juventude, como costumávamos fazer alguns anos atrás.

- Herrera: mesmo longe da forma física e técnica ideal, tem que entrar no lugar do Alex Mineiro.

- Maylson, Mário "Garoto Perdido", Heverton, Ismael, Fernando: podem dar boa resposta no futuro, principalmente o filho de Mayl.

Para não dizer que não falei da direção, me admira a sua convicção ao negociar o até ontem titular da lateral-direita (e único da posição) em meio à disputa da decisão da LA 50. Enfim, vamos ao que interessa ...
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AGORA É GUERRA !!!!!!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Agora é guerra mesmo!

A bola que passou entre as pernas de Alex Mineiro, quase na pequena área, já indicava que o filme se repetiria: a falta de efetividade e qualidade no ataque puniria novamente o Grêmio. Assim tem sido a nossa história recente. O desperdício é marca de um time que não tem maturidade suficiente pra disputar grandes títulos. A camisa e a tradição não podem fazer todo o serviço.

Nosso desperdício não ocorre somente na área do adversário. Nos últimos temos acumulado experiências de jogar fora campeonatos importantes. O brasileiro 2008 é o maior exemplo. Nossa gestão é incapaz de criar um plus que permita aproveitarmos as oportunidades de títulos que aparecem.

O gol de Souza devolve a esperança de que o filme de 2009 tenha um final diferente do de 2008. Fazer 2 a 0 no cruzeiro em casa é difícil, mas possível. O plus que foi negligenciado pela direção, que anunciou Rafael carioca e Renato e não trouxe ninguém, terá que ser buscado internamente. Esse é o papel dos dirigentes. A torcida, sedenta por títulos e massacrada pela falta de efetividade dentro e fora de campo, fará sua parte movida pela mística da imortalidade.

Além disso, o pseudo e forjado caso Maxi Lopes irá aumentar o ódio do Brasil em relação ao Grêmio. Isso pra nós é combustível. Já que a guerra sem regras foi deflagrada, que façamos uso de todos os recursos para passar pelo cruzeiro em campo e fora dele, se for necessário.

Lembro do Saudoso Dr. Leonel de Moura na campanha da legalidade, quando os brasileiros ameaçavam invadir o Rio grande. O eterno caudilho afirmou na radio instalada no Piratini que o 1º tiro não seria dado pelo povo gaúcho, mas se ele ocorresse certamente o 2º, o 3º e os demais seriam dados por nós.
Que assim seja. Deram o 1º tiro com essa palhaçada de falso racismo. Agora estamos liberados pra usar todos os meios pra conseguir a vaga pra final. Não me venham falar de politicamente correto e tranquilidade nessa hora. Esse pode ser o diferencial que precisamos pra compensar a limitação do time e da direção.

Ainda dá!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Dá-lhe Grêmio !!!!!

É hoje. Como diria o nem um pouco saudoso Major Nascimento nos meus tempos de CPOR-PA:


TEM QUE SALTAR A JUGULAR !!!!!!

Temos que entrar babando em campo. Morder o adversário. Guspir na cara deles. Comer a bola, a grama e o concreto das arquibancadas. Passando por cima de arbitragem, do favoritismo, de tabus e da pressão da torcida. Espantando a planchazos das travas das chuteiras os atacantes cruzeirenses. Espanando do jeito que a bola vier, ceifando a grama nunca aparada do Mineirão. Esses somos nós, mais uma vez contra tudo e contra todos.

SE NÃO TEMOS TIME PARA GANHAR NA BOLA, VAI TER QUE SER NA MARRA !!!!

FORÇA GRÊMIO !!!!

QUEREMOS A COPA !!!!!

domingo, 21 de junho de 2009

Avisem o Presidente: agora, tudo é Libertadores!


Pausa para o campeonato nacional, após uma atuação lamentável e um empate com gosto de imortalidade. Do jogo de ontem, conclui-se aquilo que se tem dito desde o início do ano: falta qualidade; faltam bons alas (nem o Jadílson se salvou!); falta velocidade na saída para o ataque; etc, etc,etc.

Mas este blog se comprometeu a largar a corneta, haja vista o momento ímpar vivido pelo clube. Eu digo ímpar não por estarmos na semi da LA (pois isto é corriqueiro para o clube verdadeiramente internacional do RS), mas por ser a sétima vez - em doze - que estamos entre os 4 melhores do continente de Símon Bolívar.

Agora, tudo é Libertadores! Nosso adversário não é um destes tradicionais clubes brasileiros, com pouca ou nenhuma tradição na LA e/ou em confrontos de mata-morre. O Cruzeiro é, juntamente com o Grêmio, o maior especialista neste tipo de disputa (basta ver o número de títulos que ambos possuem em Libertadores e na Copa do Grêmio). Além disto, tal como nós, possui aquela peculiaridade invejada por muitos e desejada por todos: a capacidade de decidir títulos sem grandes times ou craques incontestáveis.

Não restam dúvidas de que, atualmente, a equipe deles detém mais qualidade que a nossa, o que justifica o favoritismo atribuído aos mineiros. E é nesse favoritismo prévio que deposito minhas esperanças. Pode parecer pensamento mágico. Mas quantas e quantas vezes presenciamos o nosso glorioso tricolor quebrar a lógica e derrubar do cavalo aqueles que de antemão lhe julgavam derrotado?

É verdade que o time não é confiável. Mas agora, vale a instituição, sua camisa e sua história.

O foco é - e deverá ser no mínimo até o dia 02/07 - LIBERTADORES DA AMÉRICA.

Por favor, Presidente! Não deixe que a parte vermelha da imprensa ou a família Assis Moreira* desvirtuem nosso principal objetivo: a LA 50 anos!

Vamos tricolor! Queremos a Copa! A banda tá louca e eu quero ver-te campeão!

*Só para não dizer que passei em branco, vejo esta conversa sobre a volta do Ronaldinho da seguinte forma: imgine que tu tens uma das mulheres mais lindas do mundo. Tu tens um futuro brilhante junto a ela. Um dia ela te larga, para viver com outros caras menos importantes que tu, mas com muito mais dinheiro. Tu descobres que esta traidora fez tudo às escondidas, com o auxílio do gerente da tua empresa, o qual, obviamente, tirou uma baita casaquinha desta história. Em virtude disto, tu mergulhas numa enorme depressão, passando por momentos de profunda crise. A par disto, tua equipe não pune o teu gerente (aquele f. d. p. que te passou a perna ardilosamente) e o mundo todo assiste à pilantra fazer sucesso. Mas tu és forte, aguerrido e bravo. Te recompõe, conquista novas mulheres. E, então, quando as coisas começam a entrar nos trilhos outra vez, a pilantra (ciente da decadência da sua beleza em virtude do tempo) e sua irmã vêm ao seu novo gerente negociar a volta dela a tua casa. Qual a tua conduta? Vai aceitar de volta aquela infâme que, no momento do auge, te dispensou? Nem responda, meu caro leitor, pois confio que seu padrão de hombridade é suficientemente alto para saber que, por melhores que sejam, traidores não passam duas vezes na tua vida.
Agora, pega toda essa mediocridade acima e troca as palavras: tu - Grêmio; mulher linda - trairinha gaúcho; irmã - Assis; gerente - guerreiro; novas mulheres - Ândreson, Lucas, C. Eduardo; tua equipe - conselho; novo gerente - Duda Kroeff. Pronto: está relatada a tentativa de volta do trairinha.
Desculpem o tamanho da fonte, mas ela é bem maior que a importância que deve ser conferida a este assunto no presente momento.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vamô Vamô Tricolor...

Gremistas, passamos para a nossa sétima semifinal de Libertadores. Se estamos jogando mal, se passamos sufoco contra o "morto" Caracas ... Nada disso importa, o que interessa é que estamos lá entre os 4 melhores da América. Só sobrou quem tem cabelo no peito. Dois bicampeões (Grêmio e Cruzeiro) e dois tricampeões (Nacional e Estudiantes). Nada de Once Caldas RS, DMLU ou gente fantasiada no Maraca. É a celebração da volta da tradição na LA 50.

Será que teremos uma Batalha de La Plata na final? Se acontecer isso, deveriam rasgar o regulamento e marcar uma final única para o aposentado Estádio Jorge Luis Hirschi, esquecer o fair play, liberar a cerveja e entregar a taça para quem sobrasse em pé.

Antes disso, temos que passar pelo Cruzeiro. Time encrespado, que ganhou com autoridade no campo neutro do Morumbi. Não vou entrar no mérito se temos futebol para vencê-los, nessa hora é o que menos importa. Como nunca fomos a namoradinha do Brasil (a atual andou dançando com o cara mais gordo da festa), estamos acostumados a lutar contra o favoritismo. Foi assim em 95, quando um desconhecido atacante de nr. 16 derrubou a cabeçazos o esquema Parmalat. E em 2007, quando o time contestado eliminou o bicampeão brasileiro São Paulo ainda nas oitavas e despachou o Santos nas semi. Eu prefiro assim, comendo quieto.

Portanto Gremistas, não importa se o presidente disse que não virão mais contratações, se a Geral está dividida, se joga Alex Mineiro ou Herrera ou (pior ainda) Jonas, se tu não gostas dos laterais, se a direção é incompetente, se vai estar frio, chovendo ou se estou gripado... Vamos alentar, copar, beber, fumar, se esguelar e carregar o time nas costas para a final, como em 2007. Enfim, larguei a corneta no "CONSERTO GAITA" (não é clínica de aborto) e vou apoiar incondicionalmente.

Como inspiração, assista ao vídeo abaixo. Preste atenção nos carrinhos voadores do Portaluppi e no Jandir botando o time do SP para correr em pleno Morumbi.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Isso era para motivar?

O filhinho de papaitrono e dublê de presidente do Grêmio, Duda Kroeff, deu mais uma demonstração de que é do ramo do futebol. Às vésperas do jogo mais importante do ano (espero que não seja o último), o Excelentíssimo perdeu mais uma oportunidade de ser um poeta do silêncio

- Nós estamos tentando, mas no meu entendimento o PSG está pedindo demais. É muitos mais do que vale o jogador, apesar de eu julgá-lo indispensável ao Grêmio. Todo jogador tem seu valor, só que não podemos pagar o dobro do que ele vale. Nós temos um limite, vamos chegar nele na semana que vem. Se der deu, se não der paciência.

Parabéns Presidente, nossos atletas precisam desse tipo de motivação.

Do que esse jangolão está rindo?



segunda-feira, 15 de junho de 2009

Esquema e Resultado

O resultado foi ruim, considerando que enfrentamos um time fraco e desinteressado (o lateral direito era o Diogo, e não exploramos isso!!!!) e que precisavamos recuperar pontos perdidos nas rodadas anteriores para ficarmos na ponta de cima da tabela. Além disso, podíamos ter matado o jogo nos primeiros 15 minutos, mas a pontaria para variar foi ridícula (e nem dá para colocar a culpa no Jonas).
Mas o resultado também foi bom, considerando que acabamos com um jogador a menos (alguém por favor dá uns bico naquele guri de merda) e com um palmo de língua de fora, de novo, o que mostra que a falta de preparador físico por 40 dias está cobrando o seu preço.
O novo esquema foi bem. Gostei da dinâmica do time com o novo esquema, com os laterais ficando mais presos e com mais liberdade para os meias. A defesas pareceu melhor armada, e não tomamos o sufuco que levamos em outros jogos fora de casa (com exceção do fim do jogo). O time conseguiu ficar mais com a bola e dar menos chutões para frente.A parte ofensiva ficou um pouco compremetida pela atuação apagada dos meias, em especial do Souza, que se escondeu do jogo.
Mas o novo esquema também revela coisas que já sabíamos, principalmente que falta muita qualidade no elenco tricolor. Thiego ao menos não compometeu na marcação, mas não lembro dele ter passado o meio campo, no fundo jogamos de novo com 3 zagueiros. Na esquerda, eu e o Maxi Lopex ainda esperamos o Fábio Santos acertar um cruzamento que preste. Os volantes mostraram mais uma vez que tratam a bola por Vossa Excelência, tamanha a falta de intimidade com ela. E mais a frente Tcheco parecia um cavalo cansado durante a maior parte do jogo e o Alex Mineiro parece que esqueceu como é que se faz gols. E o Douglas Costa nem vou comentar, vou esperar mais um pouco para chutar o balde, mas espero que o Grêmio não tenha recusado nenhuma proposta do exterior por ele.
Resumindo esse post meio bipolar, vi algumas melhoras, mas falta muito para este time deixar o torcedor com alguma confiança. De qualquer maneira, quarta-feira o Olímpico vai rugir e passaremos mais uma etapa rumo ao título redentor.
Coparemos

sábado, 13 de junho de 2009

O dilema na lateral-direita.

Sir Paulo Autori deve estar lendo os comentários desse blog. Para o jogo contra o Flu, sem Ruy e Joílson suspensos, o treinador deve escalar Thiego na lateral-direita. Durante a semana, Makelele também treinou na posição, mas parece ter sido preterido. Seria apenas um medida emergencial ou uma experiência para a Libertadores?

Na única competição que realmente importa, defendo mudanças na lateral-direita. Ruy vem tendo atuações abaixo da crítica, confirmando a máxima de que jogadores que se destacam na pré-temporada afundam durante o ano. Como a direção tricolor deu mais uma demonstração de sua (in)competência, contratando Joílson que já havia atuado pela LA50, não temos um substituto na posição. Sou contrário às invencionites em jogos decisivos, escalar lateral-direita na esquerda, jogar com formação que não foi treinada, enfim, medidas que lembram um passado recente frustrante. Infelizmente, não tem jeito, o treinador vai ter que queimar uns neurônios e improvisar.

Não sou admirador do Thiego ou do Makelele, mas entendo que a escalação de um jogador com características defensivas dará mais segurança à equipe, já que o Ruy apóia mal e defende pior ainda. Especialmente na transição para o esquema 4-4-2, onde um dos meias (Souza, no caso) pode cair pelo setor. Além disso, aprender o que o Ruy tem feito, cruzar da intermediária, não requer nem uma tarde de treinamento.

Sei que vou ferir os sentimentos de um blogremista fã ardoroso do futebol do Ruy (o mesmo que quer ver o Thiego o mais longe possível da Azenha), mas com Ruy no time MIRAREMOS LA COPA, PERO NO LA TOCAREMOS.

Eu sou borracho sim senhor....

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Base gremista.



O caso Souza suscita várias preocupações entre nós tricolores. Sua perda acarretaria conseqüências profundas na criatividade do time. A permanência deste jogador é problema imediato e, segundo nosso presidente, O Grêmio já admite cometer uma “pequena loucura” para mantê-lo no olímpico. Aliás, para um clube cujas finanças estão há tempos esgualepadas, qualquer ação um pouco mais ousada é considerada loucura.

Essa pendenga nos faz pensar em alternativas vindas da base... Fico mais preocupado. Paulo Autuori foi contratado para fazer uma gestão verticalizada no futebol do Grêmio, ou seja, comandar o time principal e as categorias de base de modo interligado. Imagino que ainda não tenha tido tempo pra pensar na base gremista em virtude do extenso trabalho que tem por fazer no time principal. Acredito que quando fizer isso se dará conta do imenso desafio que tem pela frente.

A saída de Rodrigo Caetano parece ter desorganizado aquilo que parecia estar sendo recuperado para este setor. Alem disso, Julio Camargo também deixou o olímpico sem ninguém entender bem o porquê. Concomitante, nosso desempenho que foi muito bom nos últimos anos (Campeão brasileiro sub-20 e campeão da taça BH, uma das mais importantes do país, além das revelações de Lucas, Carlos Eduardo, Rafael carioca, William Magrão, Léo, Felipe Mattione, Douglas Costa) está sendo desastroso neste ano. Conseguimos ser eliminados do gauchão pelo Cerâmica de Gravataí. Nossa categoria infantil não conseguiu chegar à final do torneio de Roca Sales. Na Holanda foi enviado o time de juniores para disputar um torneio com oito equipes e o Grêmio ficou em sétimo lugar.

Em tempos de lei Pelé e do neoliberalismo futebolístico, é fundamental um clube da América do Sul ter uma base forte e bem estruturada para equacionar finanças e disputar títulos na categoria principal.

Torço para que Paulo Autuori realize bom trabalho no futebol do grêmio, na base e no profissional, mas desconfio que o clube deveria ter alguém talentoso e com foco exclusivo na formação de jogadores e em tudo o que isso envolve. Espero que a direção saiba que a nomeação de P. A. por si só não fará qualificada as nossas categorias de base.

Se os comandantes do clube descuidarem do futebol que vai da escolinha até os juniores, estaremos sempre ameaçados de cometer “pequenas ou grandes loucuras” para ter jogadores de qualidade no time principal.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A hora da direção.

Muito repercutiu por estes pagos a tal declaração do Souza. Sabe-se lá se as palavras do nosso craque são verdadeiras ou se foram lançadas "inocentemente" no ar, por "forças ocultas" que labutam contra os verdadeiros gaúchos desde a época de Getúlio Vargas.

A maioria das pessoas com quem falo condena a imprensa pela divulgação de um fato que, segundo eles, não ocorreu. Outros, por sua vez, afirmam que o Souza fala demais e que não dá para aguentar o cara.

Sinceramente, a causa pouco me importa. Quero me ater às conseqüências! É indubitável que parte da imprensa tenta, de forma constante, desestabilizar o Grêmio. De outro lado, é inegável que Souza fala tanto quando joga.

A questão é que a notícia - verdadeira ou não - está lançada e, em cima dela, é que a direção tem que evitar ou minorar eventuais conseqüências nefastas.

O imortal é acostumado com isso. Renato falava proporcionalmente aos jogos que decidia. Com Paulo Nunes, guardada as devidas proporções de língua e de bola, ocorria a mesma coisa. E assim poderíamos enumerar "n" exemplos de jogadores tagarelas que vestiram a camisa tricolor.

Jogador polêmico é prato cheio para a imprensa, em especial para aquela parcela que detesta reconhecer que o Grêmio, mesmo quando na parte de baixo da gangorra, é o clube gaúcho mais prestigiado internacionalmente.

Pois esta é a hora da direção. Se o cara resolve em campo, cabe aos dirigentes contornar os exessos da sua verborréia atômica. O que não se pode permitir é que, diante de um fato cuja veracidade é amplamante duvidosa, se crie uma crise entre torcida e o jogador. É hora da presidência vir aos microfones e minimizar o fato, focando o discurso naquilo que realmente importa: o jogo do dia 17 e a classificação à semi da LA. É hora da cartolagem puxar o Souza num canto e mandar ela se aquietar, ao menos por um curto período, até passar a tempestade e o comandante retomar a direção da embarcação.

Enfim é hora de trabalho, direção! Por favor: chega de omissão!



sexta-feira, 5 de junho de 2009

Quebrando padrões

Pra quebrar a tradição de que o blogremistas só abriga corneteiros e que só tem post quando o time perde, vou tentar fazer uma análise do jogo de ontem e da situação do time do meu ponto de vista, que nem sempre é muito ortodoxo.
Achei o jogo bem meia boca Mas o resultado foi muito bom. Pelos pontos e ganho de posição na tabela e principalmente pela calma nos próximos dez dias para o técnico poder montar o esquema de sua preferência (4-4-2). Ontem eu percebi algumas melhoras, pelo menos de posicionamento do time, já que infelizmente de qualidade não tem jeito. Acho que com algum tempo o time pode render mais e chegar num nível pelo menos aceitável, como o do ano passado.
Sei que o time tem muitas deficiências, faltam laterais, falta um meia, falta um companheiro pro Maxi, falta principalmente uma direção com vergonha na cara. Mas agora é isso que temos, e é com isso que temos que ganhar a Libertadores. Porque só a Libertadores salva esse ano, e talvez essa e a próxima década. Porque "eles" vão ganhar ou a Copa do Brasil ou o Brasileiro, ou pior ainda, os dois. E nós se não quisermos virar uma nota de rodapé no futebol brasileiro temos que ganhar essa Libertadores, voltar ao cenário mundial.
E não me importo de jogar contra morto, ganhar de qualquer jeito, ganhar roubado ou de W.O. O que interessa é faixa no peito e caneco na estante, o resto é papo-furado para comentarista ter emprego.
Sei que o desânimo anda grande, mas a torcida tem que voltar a empurrar o time. Nos últimos jogos, em especial ontem, o que tenho visto no estádio é uma torcida apagada, morna, que não apoia coisa nenhuma. A Geral se dividiu em duas e nenhuma das duas parece ter a força de antes. A social voltou a ser o espaço da corneta (o Athos ia se sentir em casa), e o pior é que é a corneta é burra, é do tipo que vaia o Souza e aplaude o Herrera.
Mas apesar de tudo, eu acredito na camisa tricolor, não vejo nenhum time nesta Libertadores que seja o Boca de 2007, e como vamos decidir sempre em casa, acredito que se a torcida voltar a apoiar o time, e o time refletir isso em campo, temos chance de levantar esse caneco, que é o que interessa.
Coparemos!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

De volta ao local do crime.

Foi difícil voltar ao local do crime. As lembranças daquele fatídico 23/11/2008 ainda são recentes. Fomos para o vestiário ganhando por 1 x 0 do Vitória, com o Rafael Carioca perdendo um gol sem goleiro e o Valtinho com a certeza de que seríamos tricampeões nacionais. Eu não tinha tanta certeza assim, falei para ele que o Roth iria aprontar. O resto da história vocês já conhecem.

Assim, desmotivado pelo passado recente e pela atuação pífia diante do fraco Caracas, cumpri meu dever de gremista e fui ao Barradão domingo passado. Não vou me ater ao desempenho desse bando de jogadores correndo atrás da bola, perfeitamente analisado pelo Luiz Fernando na postagem anterior. Vou tentar descrever sobre os bastidores da partida.

O Barradão vivia clima de festa. Salvador havia sido escolhida sede da Copa de 2014 e o povão, alheio aos milhões de reais que serão torrados na organização do evento e ao fato de que não terão condições para bancar os ingressos, comemorava ao som de Ivete Sangalo. Entrega do troféu de campeão baiano e vibração nas arquibancadas. Seguindo uma das máximas do futebol de que jogo festivo termina em derrota do dono da casa, o Grêmio carimbaria as faixas do Vitória e voltaria com os 3 pontos. Entretanto, o Grêmio atual contraria até as máximas do futebol.

O criticado diretor de marketing gremista, “Cana” Pacheco, entregou uma camisa do Grêmio, modelo rugby Libertadores para a cantora baiana, que agradeceu e acenou para a torcida tricolor. Atitude louvável, apesar de irrelevante. Ainda bem que ele teve a sensibilidade de não presenteá-la com aquela camisa branca que entramos em campo. Enfim, deve ter sido idéia do Comitê.

A torcida gremista, de aproximadamente 800 pessoas, era formada em sua maioria por gaúchos desgarrados que emigraram para o país vizinho em busca do calor, de um coqueiro e de uma praia. Porém, o que me impressionou foi a quantidade de gremistas baianos e de outros estados do Nordeste. Eu mesmo fui ao jogo com dois gremistas que pisaram pela 1º vez no RS na final da Libertadores contra o Boca Juniors. Era o terceiro jogo do Grêmio que assistiam e viria a ser a terceira derrota.

Tive a curiosidade de perguntar a alguns gremistas estrangeiros as razões que os levaram a lutar contra a ditadura da Globo, da Bandeirantes e do Canal 100, e a torcer para um time cisplatino que é a antítese do fair play e do joga bonito, admirados no Reino de Macunaíma. As respostas eram as mais diversas: um vizinho era gremista, tinha um time de botão, admirava a raça do time, etc. Nenhuma delas, porém, ressaltava ações de marketing. São gremistas cooptados nos anos 80 e 90, admiradores de Renato Portaluppi e da indignação de Felipão.

Analisa a foto abaixo. Tu somente vês gaúchos com a camisa do Grêmio?

Muito se discute entre os blogremistas que o Grêmio necessita de ações de marketing para arrecadar dinheiro e para angariar mais torcedores. O próprio Presidente gremista, na viagem a Caracas, se deu conta da necessidade de desenvolver o nome gremista na América do Sul (antes tarde do que nunca). Eu, inclusive, critico severamente a forma com que a marca Grêmio vem sendo tratada nas últimas gestões. A feiúra da nova camisa ocupou as páginas da imprensa vermelha e virou motivo protestos por parte da torcida.

Para mim, todos esses conceitos caíram por terra no domingo passado. A melhor ação de marketing que o Grêmio pode fazer é montar um time de futebol competitivo. Camisa feia? Me perdoem os colecionadores, alguém conhece camisa mais feia do que o modelo Negresco da época do Felipão. Ninguém reclamou e os estoques se esgotaram. Contribuição dos sócios e venda de produtos não sustentam um clube, mas premiações, verbas de televisão e patrocínios. Não podemos nos esquecer que torcemos por um clube de futebol, não pelo melhor site, melhor estádio ou melhor camisa.

Não podemos perder o foco, o problema é muito maior. Futebol não é mais uma caixinha de surpresas. Um time de futebol se monta com planejamento. Enquanto outros clubes se reúnem para planejar os próximos 10 anos, no Grêmio não se sabe o que fazer nos próximos 10 dias. Nosso time navega sem DIREÇÃO.

De que adianta renovar com um treinador, quando se sabia que ele não resistiria até a metade do ano. Como que são contratados laterais tão fracos para jogar no esquema 3-5-2, no qual são peças fundamentais? Por que esperar 2 meses para trazer um treinador, quando estamos disputando a competição mais importante do continente? Um treinador ofensivista, depois de demitirmos um treinador invicto há 1 ano atrás por achá-lo faceiro. É muita falta de convicção.

E os gremistas baianos? Continuam fiéis ao Grêmio, apesar das 3 derrotas em 3 jogos. E, a propósito, adoraram a nova camisa branca. Vai entender...

terça-feira, 2 de junho de 2009

Samba de uma nota só!


Viva o Bill Gates! Viva o Windows (ou o BrOffice, para os adeptos do software livre)! Viva o "Ctrl C" e "Ctrl V"! Em tempos de erros repetidos, nada como a ferramenta do "recorta e cola" para falar sobre o imortal!

Para comentar o jogo de domingo, bastaria pesquisar os posts anteriores, retirar algumas frases esparsas e jogá-las no presente texto. Pronto! Pouca coisa a mais precisaria ser dita.

Não vou me ater ao resultado, eis que a vitória do Vitória decorreu de um chute daqueles que se acerta uma vez a cada 5 anos e meio. O problema foi a atuação do time, que vem sendo a mesma todas as vezes que nos deparamos com uma equipe levemente qualificada.

A imprensa justificou a má atuação pela ausência do Tcheco. Assim como na quarta passada a má atuação decorrera do péssimo estado do gramado venezuelano! E assim como a má atuação no jogo contra o Galo fora culpa da arbitragem! E as más atuações nos últimos dois gre-nadas foram culpa do Roth (e de certa forma, foram mesmo!) e do foco, que estava voltado somente para a Libertadores.

Ora, vamos parar de tapar o sol com a peneira! O Tcheco não jogou domingo, é verdade! Mas jogou contra o Caracas, contra o Atlético Mineiro e contra o co-irmão! E as atuações não foram diferentes da deste domingo! Jogamos mal da mesma forma!

Vamos tocar o dedo na ferida! O problema é mais que evidente e vem sendo reiteradamente suscitado neste blog: falta qualidade no time e no grupo! E quando falta qualidade, sobram desculpas! Quando falta qualidade, o melhor jogador é sempre aquele que não joga.

Qualidade! Qualidade ! E mais qualidade! Esta é a tônica de 99% dos comentários envolvendo as últimas atuações do tricolor! Podem pesquisar nos diversos blogs existentes! É o verdadeiro samba de uma nota só!

Não é preciso conhecer muito de futebol para reparar que: a) a saída de bola do Grêmio é lenta e precária; b) os laterais/alas são pouco efetivos e desprovidos de técnica; c) a zaga, que até o ano passado era um setor incontestável, anda batendo cabeça; d) o meio-campo tem sido um oásis de criatividade, salvo nos dias em que o Souza, por vontade própria, resolve entrar no jogo, criar jogadas e soltar a bola; e) os atacantes andam mais isolados que X9 em presídio!; f) e, para finalizar: não temos ninguém com velocidade para puxar um contra-ataque!

Muitos destes problemas serão resolvidos com as idéias de Sir P. A. (assim eu espero!). Mas outros passam, necessariamente, pela contratação de jogadores de qualidade. Contratações estas, aliás, que foram EXPRESSAMENTE solicitadas pelo nosso treinador, na entrevista após o jogo de domingo.

Como gremistas, seguimos acreditando em conquistas, com base na fé e na paixão! Mas, racionalmente, é imperioso que se diga: a coisa está feia!

Acorda, direção!