segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Entregar ou não entregar, eis a questão?


ENTREGAR !!!!

Vamos deixar a hipocrisia de lado e escalar os infantis no Maracanã.

Muito falatório do lado amargo, pregam dignidade, ameaçam com punição do STJD, eliminação do futebol, expulsão da FIFA ....

Se esqueceram do ano passado? Pois nada como um dia após o outro e só tenho uma coisa para dizer aos párias do futebol gaúcho. SE FUDERAAAAMMMM !!!!!

Morangada, domingo pegue a camisa da réplica do Ajax, use seu nariz de palhaço (que lhes cai muito bem), vá ao estádio cantar o hino e comemore seu bicampeonato moral.
P.S: Querem pontos corridos, agora aguentem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Efetivem o Rospide !!!!!


As notícias que vêm da Azenha na última semana são desanimadoras. Depois de tentar sem sucesso o Capitão América, que renovou com o Cruzeiro, e o Dorival Júnior, que pediu R$ 280 mil, a bola da vez é, pasmem, Nelsinho Baptista. Nas palavras do vice de futebol, Luiz Onofre Meira:

- É uma opção, um dos nomes que temos na nossa lista. É um treinador com experiência, com currículo. Gostaríamos de conversar com ele. No momento, não é possível. Estamos fazendo (a escolha) com etapas. Estamos conversando com treinadores. Temos um amigo forte, que é o tempo, e vamos utilizá-lo. Vamos trazer um treinador identificado com o que pensamos.

Pois bem, busquei o tal currículo no Wikipedia e achei o seguinte.

- Títulos (fora estaduais): Campeão Brasileiro 1990 (Corinthians), Campeão Japonês 1994 e 1995 (Verdy Kawasaki), Copa do Brasil (2008).

- Rebaixamentos: São Caetano em 2006 (como co-autor), Corinthians em 2007, Sport em 2009 (como co-autor).

- Clubes que treinou nos últimos 6 anos: São Caetano (2003), Nagoya Grampus (2003-2005), Santos (2005), São Caetano (2005-2006), Ponte Preta (2007), Corinthians (2007), Sport (2008-2009), Kashima Reysol (2009).

Vale lembrar que o Nelsinho saiu do Ixpórti (onde era ídolo da torcida e tinha até um trapo com a latinha dele), depois de se envolver numa polêmica com o Paulo Baier, por ter revelado o seu salário aos companheiros e ter chamado o centroavante de mulherzinha. Como podemos ver, um treinador agregador e com pulso no vestiário.

Com relação ao dirigente gremista, mais um vez dá uma declaração lamentável, temos um amigo forte que é o tempo, ou seja, vamos esperar mais 2 meses para fechar com o treinador.

Precisamos de um treinador já. Um cara que avalie as deficiências do time e indique jogadores de qualidade, bons e baratos. Como fez o Mancini ao trazer o Réver e o Victor. Senão, vamos pagar uma baba por medalhões que não querem mais nada com a bola. Ou pior, teremos que aguentar Chiquinho e Edinho, que são, literalmente, de AMARGAR.

Enquanto isso, temos na casamata um treinador inexperiente, é verdade, mas que trabalha no Grêmio há apenas 15 anos. Um cara motivado, identificado com o clube e barato. Diretoria, efetiva o Rospide e deixem para gastar (bem) o dinheiro na contratação de jogadores de qualidade.

Outro fato que mostra a fragilidade e a falta de convicção dessa direção, são as notícias que dão conta das pressões dos conselheiros. "Pressionado por conselheiros, Kroeff admite usar os reservas contra o Flamengo.". "Conselheiros pressionam a contratação de Luís Carlos Goiano para treinador.". Não que eu discorde, mas até ontem o Grêmio não jogava para perder e iria com força máxima até o final do campeonato dos brasileiros.

Afinal, quem manda no Grêmio?

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Valeu, Capitão!


Prezado, Tcheco!

Em primeiro lugar, obrigado por tudo!

Sábias são as pessoas que entendem que tudo tem um ciclo! Sábio foste tu, que percebeste esta grande lição e compreendeste que é momento de dar chance aos mais novos*, até como forma de prestigiar o bom e novo trabalho realizado nas categorias de base do Grêmio (e aqui abro um parênteses para uma observação: Douglas Costa jogou bem - e muito bem! - ontem!).

Foste a pessoa certa, no momento errado. Chegaste ao imortal numa fase difícil, de escassez de recursos e de títulos. Pegaste o time recém chegado das trevas e ajudaste a levá-lo à final de "LA COPA".

Essa situação te prejudicou muito, indubitavelmente! Quiçá tivesses jogado naquela equipe do Felipão e serias mais um dos grandes levantadores de taça do imortal tricolor. Não tenho dúvidas da tua capacidade, embora muito tenha me irritado com algumas de tuas atuações . Mas quão limitado sou eu, ao não perceber o enorme fardo que carregaste, assumindo a condição de líder de equipes com pouca suficiência técnica. Quão limitada a minha compreensão, ao não observar que os teus melhores momentos ocorreram quando jogaste ao lado de atletas de ótimo nível, que dividiram contigo a tarefa de ser o expoente do grupo.

Mas tudo bem, Capitão! Mesmo sem os importantes títulos e mesmo com as constantes críticas, fica um sentimento: o de que valeu a pena! Vá tranqüilo, pois as portas estarão sempre abertas! Quem sabe um dia tu ainda retorne, como treinador, gerente de futebol ou, até mesmo, cartola, eis que teu gremismo restou plenamente demonstrado por essa grande reflexão:

"- Nunca vi uma equipe ser vice-campeã e o estádio inteiro aplaudir de pé, como foi no ano passado. É um exemplo que posso citar. Foram jogos marcantes, como os da Libertadores de 2007. O Grêmio, disputando vaga na Libertadores, colocava 40, 50 mil pessoas no estádio. Nosso co-irmão (Inter) disputa título e colocou 15 mil contra Botafogo e Santos. É a essência de nossa torcida, de sempre apoiar, seja a equipe boa ou fraca, que eu não vou esquecer."

Grande, Tcheco! Marcaste tua passagem por aqui! Vá em frente, Capitão! E seja feliz! Por aqui, continuaremos a torcer por ti, pois nos cativaste como jogador, como líder e como cidadão.

E podes ter certeza que, ao ler a reportagem veiculada no site da globo.com, conclui que percebeste, com singular clareza, o espírito do Grêmio:

"Tcheco fica até o dia 6 de dezembro no Grêmio. Se vai jogar ou não, caberá ao técnico Marcelo Rospide decidir. Até lá, o jogador desenhará os últimos capítulos da história com um clube que ele define em duas palavras:

- Imortal Tricolor..."

Novamente: VALEU, CAPITÃO!


* Palavras textuais do capitão: – Não é um momento de agir com o coração e sim com a razão. O Grêmio vem fazendo um belo trabalho de base e estão surgindo vários jogadores na base. Por um motivo ou por outro, a gente acaba ocupando este espaço. E por tudo o que aconteceu este ano, um pouco de desgaste com o torcedor. Isto vem ao natural e fica evidenciado que deve vir outro jogador e conquistar títulos com o Grêmio. Tomamos esta decisão para que não houvesse um desgaste maior no futuro."

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Em tempos de ostracismo, leves pitacos.



Começaram as especulações sobre 2010: quem sai, quem fica, quem vem, etc.

Nesta esteira, gostaria de comentar alguns tópicos que, ao meu ver, estão sendo apresentados/interpretados de forma incorreta pela opinião pública.

1ª questão - Paulo Autuori

Não sei se Sir P. A. vai ficar ou não. Também não sei se sua eventual saída será boa ou ruim para o Grêmio.

A questão que me deixa indignado é que a avaliação do técnico se resume a uma pergunta: P. A. tem a cara do Grêmio ou não?

Ora, é sabido que o Grêmio possui um estilo de futebol aguerrido, de muita força e raça. Todavia, todas as nossas grandes conquistas contaram com um ingrediente básico além dos acima referidos: a qualidade!

E aqui que entra a questão do técnico. Sir P. A não é, nunca foi e jamais será um técnico do tipo que "tira leite de pedra", ao estilo Mano Menezes (vitorioso, com equipes de qualidade) ou C. Roth (sem comentários). Não é a sua praia.

Ah, então ele não presta? Negativo! O cara é bom técnico, mas é do tipo que precisa de qualidade humana para trabalhar (tal qual Muricy, Luxemburgo e outros de similar competência).

É preciso esclarecer uma coisa: técnico que ganha título importante sem qualidade só tem um: Felipão, que se sagrou campeão da Copa do Brasil com o Criciúma em 1991 e com o tricolor em 1994 (não esqueçamos que nas outras conquistas big Phil tinha time!).

Assim, ao invés de ficar com essa balela de "tem a cara ou não tem a cara", seria mais producente pensar em compor um time da qualidade (repito: qualidade é diferente de jogador caro!), para que o "homi" possa mostrar seu trabalho.

Do contrário, caso entendam que ele "não tem a cara do clube", é só chamar o Roth de volta. Certamente garantiremos a vaga na Libertadores de 2011. Mas só a vaga, pois para pensar em título, só com mais qualidade!

2ª questão - Tcheco

O sr. Anderson Simas Luciano é um dos grandes cidadãos que compõem esta nação. Pessoa íntegra, correta, bom companheiro e excelente profissional. Já ajudou muito o Grêmio, nos anos de 2006 e 2007. Fez uma ótima Libertadores em 2007 (a exceção dos jogos finais). Possui lugar cativo no coração dos gremistas. Por uma destas infelicidades da vida (foi a pessoa certa no momento errado) não teve o prazer de levantar um caneco importante para o Grêmio.

Todavia, seu momento passou. O grande Tcheco não é mais nem sombra daquele jogador de outrora. Será sempre lembrado como nosso capitão, como um grande sujeito e terá as portas do Olímpico - ou da Arena - sempre abertas. Será reverenciado quando vier enfrentar o Grêmio como jogador ou técnico. Quiçá fixará residência em Porto Alegre e passará a trabalhar para o tricolor, como gerente de futebol, dirigente ou algum cargo compatível com seu gremismo.

É hora de abrir alas para novos talentos - pratas da casa ou não! -, que possam revigorar nosso setor de armação de jogadas.

Façam uma placa de bons serviços prestados, deixem claro que o Olímpico será sempre a sua segunda casa e deixem o Tceco seguir se destino (de repente do lado de Riquelme e Ronaldo na LA 2010).

3º questão - Maxi López

Maxi é bom jogador? Claro que é. Isto ninguém discute.

Portanto vamos parar de entrar no jogo da imprensa, que vende a idéia de que aqueles que defendem a saída do Maxi é porque o consideram ruim.

A pergunta ser feita é outra: Maxi joga tanto quanto ganha?

Aqui é que reside o cerne da questão! MAxi ganha como craque. Ou seja: como aquele jogador diferenciado, que decide o jogo com lampejos de genialidade. E isso, definitivamente, o argentino não faz. É bom jogador, não resta dúvida! Mas está longe de ser diferenciado!

Ao meu juízo, Maxi ganha mais que joga, de sorte que, na relação custo x benefício, sua permanência não se justifica, ainda mais em face da nossa combalida situação financeira e escassez de qualidade técnica.

4ª questão - M. Galvão

Galvão foi nosso zagueiro na decisão do brasileiro de 1996, subistuindo o capitão América. Tal qual o Tcheco, é um cidadão diferenciado, um ótima pessoa e excelente profissional. Mas, na qualidade de gerente de futebol, seu trabalho foi pífio. Mostrou-se omisso e pouco a vontade no exercício do cargo.

Sua saída é um acerto da atual direção.

Em suma, era isso!

Sigamos em frente, na espera de novas e boas notícias!

Dá-lhe, Grêmio!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

É possível um 2010 diferente? Ou seremos novamente reféns da maldição da Velhinha de Taubaté?

O ano foi repleto de frustrações. Primeiro, a eliminação precoce do Gauchão; depois, a saída da Libertadores, o principal objetivo do clube no ano; a seguir, a campanha mediana do Brasileirão, com um retrospecto de supercampeão em casa e de rebaixado fora.

Problemas não faltaram: troca de comando técnico, com um ampla demora da formação da nova comissão; time carente de jogadores qualificados; notória ausência de preparo físico para encarar a reta final do campeonato brasileiro; contratações equivocadas (e caras!); discursos evasivos e descompromissados; falta de explicações para os ridículos resultados obtidos nos jogos realizados fora dos nossos domínios; e, por fim, 4 derrotas em 5 grenais disputados.

De fato, nada a comemorar. Foi um ano de ostracismo total. Ou em outras palavras: foi um ano em que o Grêmio teve uma campanha condizente com o tamanho do Coritiba, do Botafogo e dos Atléticos (MG e PR): grande no nome, mas pequeno na competência.

Mas afinal, de quem é a culpa?

Seria extremismo não admitir que todos tem sua parcela de culpa: a direção, com sua omissão e desconhecimento futebolístisco; o Sir P. A., que somente se preocupou em ensinar coisas ao Grêmio, sem ter consciência de que o estilo do Grêmio também pode lhe ensinar muito; os jogadores, por total ausência de brio nos jogos fora de casa; e, por fim, a torcida: o pessoal da geral, que se preocupou demasiadamente com seus rachas internos e vaidades indviduais; o pessoal da social, pela permanente e, muita vezes, desarrazoada corneta; e o pessoal das cadeiras, por achar que somente o anel inferior é que tem o dever de apoiar e cantar os noventa minutos.

Todavia, a assunção geral da culpa não pode tapar o sol com a peneira e impedir que se eleja o principal responsável pelos insucessos de 2009. E, ao meu ver, a responsável principal e direta pelo ano de ostracismo é a direção.

Sendo bastante franco, vejo a atual diretoria como um estrandarte de probidade. Sinceramente, acho que, em termos de honestidade e ética, esta direção está bem servida, diferentemente de várias administrações passadas. Até o presente momento, o Sr. Duda e sua turma não possuem qualquer suspeita acerca de sua conduta ilibada.

Todavia, com relação a principal atividade do clube - o futebol! -, vejo o atual corpo diretivo como um dos piores da nossa recente história.

Trata-se de uma direção que não possui uma política de futebol clara, oscilando em seus conceitos de acordo com o soprar do vento. Uma direção que pouco conhece do mercado futebolísitco e que despende vultuosas quantias em jogadores que não são decisivos. Uma direção que se omite em momentos que exigem uma postura mais contundente (vide caso dos portões fechados pela BM no jogo de volta com o Cruzeiro pela Libertadores; ou então, o caso da ausência de uma cobrança séria pelos péssimos resultados obtidos fora de casa no Brasileirão). Enfim, uma direção que se faz descompromissada e que encara sua gestão como um mero passatempo.

O Grêmio necessita, urgentemente, voltar a ter o seu tamanho real, conquistando títulos e dando alegrias a sua torcida. Por isso, em 2010, as contratações devem ser mais criteriosas. Em sendo assim, suplico: sem contratações por DVD! Informem-se, consultem aqueles que entendem e vivem o esporte bretão e sigam as orientações. Tragam atletas com qualidade, postura e espírito vencedor.

E, por obséquio: não venham alegar falta de recursos. Primeiro porque, quando assumiram a barca, sabiam da real situação vivenciada pelo clube; segundo, porque é possível contratar bem sem gastar muito (vide Victor e Réver).

A nós, meros mortais torcedores do imortal, resta orar e crer, ainda que irracionalmente., que 2010 será o ano da retomada das conquistas! Nossa paixão nos torna permanentemente crédulos, com a constante esperança de que o "sobrenatural de almeida" apareça, dentro e fora de campo.

Ao fim e ao cabo, somos a representação máxima daquela personagem criada pelo Luís Fernando Veríssimo: a sempre otimista Velhinha de Taubaté.

Avante, tricolor!