sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Complicou! Mas ainda é possível!

Ainda estou de cabeça inchada! Eu sei que tivemos um pênalti escandalosamente não marcado (a mediocridade do apito nacional merece um post a parte!), que jogamos contra o líder do campeonato, que tivemos vontade e que não há nada definitivamente perdido (até porque sempre achei ilusória a chance de título). Sei também que uma hora teríamos que perder e que o nosso grande problema foi começar a recuperação tarde demais.

Porém tem três questões que merecem reflexão.

1) Efetividade

Ontem, tal qual nos jogos contra Flamengo e Internacional, nós tivemos maior posse de bola, maior domínio e maior número de chances. Mas novamente não conseguimos converter tudo isso em gols. E não adianta: no futebol, até segunda ordem, ganha quem acerta mais vezes a bola dentro daqueles arcos que ficam nas extremidades do campo.

Temos que aperfeiçoar as finalizações, pois em jogos difíceis não se pode perder chances.

De outra banda, o Jonas tem que se dar conta que TUDO na vida tem um lado bom e um lado ruim. Se por um lado é ótimo ser atrilheiro do Brasileirão, por outro é imperioso saber que tal condição despertará a atenção dos adversários, que aplicarão cuidados redobrados na marcação. Não adianta ficar olhando para o juiz, para as câmeras ou ficar discutindo com o zagueiro! Tem é que fugir da marcação e se aperfeiçoar mais e mais.

Por fim: só faz gol quem chuta. Pelo segundo jogo seguido chegamos em frente à área e não batemos a gol! O time parece buscar o espaço ideal, a melhor posição, o melhor chutador, etc! Isso até pode ser feito em jogos de menor dificuldade! Mas em briga de cachorro grande, a tese é "abri, bateu!" (D'Alessandro e Conca que digam!).

2) Individualidades.

Time que pretende algo grande na competição, não pode se dar ao luxo de ter a maioria de suas individualidades jogando mal. Um que outro ainda vá lá! Mas três ou quatro, no mesmo jogo, é de matar. Fora o Gabriel - que jogou muito! -, os demais protagonistas do time afundaram, em especial Douglas e Lúcio.

3) A questão que todos pensavam superada.

Sei que o Rockenbach e o Adilson não puderam jogar. Entendo perfeitamente que deve ser triste olhar para o grupo e ver que a única alternativa para a posição é o Ferdinando.

Todavia, como já fora evidenciado em período anterior, Souza e Douglas não podem jogar juntos. A impressão que dá é que se anulam mutuamente. Com ambos em campo, acabamos perdendo em marcação e em armação.

Os professores da bola dizem: futebol é equíbibrio. Disto se conclui que: a) não se faz bom time com apenas onze Dinhos ou onze Romários; b) que não se pode ter mais de um jogador preguiçoso-armador-técnico-criativo no mesmo meio campo.

Lúcio e Douglas vinham se dando bem por causa disso: um é mais técnico, pensador e criador; o outro mais elétrico, de mais correria e vontade. Do equilíbrio destas caracterísitas é que adveio o sucesso da dupla.

Já Souza e Douglas não podem se dar bem, justamente porque possuem características semelhantes, de toque de bola e futebol mais descompromissado. A escalação dos dois juntos onera demais a equipe.

Por fim, considero que o G3 ficou muito difícil, mas não impossível. Ademais, tem a possibilidade de uma zebra na Sulamericana. Já demonstramos que temos time e comando! É só ter um pouco mais de efetividade!

Força, Tricolor!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Qual o limite?



Conforme já referi anteriormente, fiz parte do numeroso coro de gremistas que foram contra a contratação de Renato, por temer que o nosso imortal ídolo pudesse, de alguma forma, manchar a sua imagem, tendo em vista o momento que o time atravessava aliado à inércia do corpo diretivo.

Todavia, o eterno camisa 7 veio, tirou o time da zona perigosa, devolveu a auto estima tricolor, montou uma equipe com atitude, raça e vontade. Acima de tudo, fez o time jogar bola! Hoje temos vários destaques individuais, gols de jogadas bem elaboradas e uma defesa consistente.

Com a língua mordida (mas feliz da vida!), o que mais me impressiona no Portaluppi não é a recuperação do Douglas (mais um passe magistral ontem, no primeiro gol!), do Victor (que nem parece aquele arqueiro pós não convocação) e/ou do Rockembak. Tampouco a sua postura ofensiva e aguerrida, sua visão tática ou a colocação do Lúcio no meio.

Na verdade, o que mais me impressiona é que Deu7 sabe exatamente o que pode tirar de cada jogador, em especial daqueles cuja contratação foi por ele indicada. Paulão é tosco! Mas diz , para turma dos adversários habilidosos, quem manda no pedaço (Montillo jogou muito ontem, mas tomou uma três chegadas de respeito, numa espécie de aviso que aquela área não é feita para recreação). Vílson tem se revelado de uma eficiência incrível no meio. Gílson - que já merece a titularidade - vem desmentindo a primeira impressão, dada naquele jogo em Curitiba. E os "subnutridos" têm feito o que se exige dos atacantes: gols! Clementino Pérola Negra é rápido e objetivo, além de folclórico. Viçosa também demonstrou que pode ser útil (o cara tem 20 anos, entra numa fogueira danada, faz um gol e se apresenta para o jogo: merece ao menos respeito!).

É muito cedo para analisar em definitivo qualquer das contratações da era Portaluppi, mas é inegável que a resposta vem sendo mais que boa.

Não obstante todas estas boas notícias, consagradas pela promissora vitória de ontem, hoje a Comebol voltou a admitir o G4. Contudo, prefiro seguir neste ritmo que estamos, pensando no G3, G2 ou G1 (será lícito duvidar do Grêmio atual?). Afinal, o G4 só permanecerá se nenhum dos brasileiros vencer a Sulamericana.

Agora, tudo é grenal. E como dizia nosso querido Jardel: clássico é clássico e vice-versa! Ou seja: não há favoritos! Concentração total é palavra de ordem na Azenha.

Por fim, uma última pergunta que não quer calar: qual o limite do atual Grêmio?


domingo, 10 de outubro de 2010

Não tá morto quem peleia com qualidade!



“Só raça não adianta, assim como só técnica não adianta”. Essa foi a resposta de Renato ao ser perguntado se o Grêmio havia recuperado de vez sua característica de time raçudo.

A frase do nosso técnico explica bem como o time conseguiu um ponto contra o vasco depois de uma estar perdendo por 3 a 1. Quando precisou de garra pra reverter a situação adversa, a equipe gremista foi com qualidade pra cima do adversário. Nossos 3 gols surgiram da pressão e do toque de qualidade. O 1º gol do Jonas foi uma pintura: golaço com a assistência de Douglas. 0 2º gol confirma a sintonia entre André Lima e Jonas: tabelinha perfeita. 0 3º surge da categoria de Gabriel que, quando colocado na meia, sempre é uma possibilidade concreta de gol.

O time teve lá suas falhas: O goleiro não era o Vitor, Ferdinando de 2º volante é pior que ele mesmo na 1ª função, com isso nossa saída de bola foi uma calamidade, a zaga bateu cabeça algumas vezes. Mesmo assim foi possível trazer um ponto pra casa. É menos do que precisávamos, mas diante da circunstância o pontinho foi precioso. Além disso, o time do vasco é bem ajeitado: um meio de campo talentoso (Felipe e Zé Roberto) e um sistema defensivo muito sólido.

Renato deu padrão ao time e isso é fundamental para pretensões futuras. Não me refiro só às próximas rodadas, mas às próximas temporadas. Se mantida esta base, iniciaremos o ano de 2011 de um bom patamar.

Caberá a Odone, recém eleito, a sabedoria de manter as coisas boas que o time tem apresentado neste fim de campeonato. Aliás, nosso presidente para o biênio 2011-2012 tem mencionado que o Grêmio pagou preço muito caro por causa das políticas autofágicas dos últimos anos. Acho não repetirá esse tipo de erro e manterá o que de há bom na gestão Duda Kroeff PORTALUPPI. Que seja assim!

Mantendo o que há de bom, agregando valores dentro de campo e organizando o depto de futebol com a possível vinda de Rodrigo Caetano, já é possível ficar otimista.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Grêmio quase 5 x 0 Prudente

Jonas brothers?

Estava prestes a escrever uma coluna exaltando o futebol do Jonas, ignorando a sua atuação irritante no sábado passado por essas bandas de Salvador. O hat-trick no jogo de hoje era para calar as bocas dos criticistas desse blog (Éder e Kbecinha). Escreveria que o Jonas é um goleador nato, que a camisa 7 lhe cai muito bem e que o Portaluppi o ensinou a jogar. Perdoaria até suas dancinhas constrangedoras. Porém, no último lance do jogo, depois de receber uma bola açucarada do Douglas, driblar o goleiro, não é que o artilheiro do Dilmão 2010 coloca a bola pra fora com o gol escancarado. Me lembrou a fábula do escorpião e do sapo, no último minuto, Jonas deu uma ferroada na torcida tricolor. Juro que ouvi ele declarar numa rádio: "Desculpem, mas perder gols é da minha natureza.".


Quanto à vitória, mesmo que contra um time virtualmente rebaixado, podemos ver a evolução tática da equipe de Deu7. Quem sabe joga, quem não sabe não brinca em serviço. Dá gosto assistir a volta da pegada e o time mordendo os 90 minutos. O Renato foi a injeção de ânimo para a recuperação de jogadores desacreditados e a confiança para jogadores medianos. Ele achou o camisa 5 em Vilson, fez o Douglas jogar e até o Marcelo Gorhe se transforma numa muralha. Já estamos a alguns pontos do suposto G-4, que ainda depende da decisão da Conmebol sobre a vaga brasileira surrupiada. E, quem sabe, nem precisemos dela e mandamos o amargo da FGF enfiá-la na sua bunda mole.


Eu não duvido do Grêmio, muito menos do Renato.


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A vaga sonegada e o bunda mole da FGF


Todos os clubes brasileiros com alguma chance de chegar entre os primeiros colocados do Campeonato Brasileiro só pensam nela, na Libertadores da América. O Grêmio, atualmente na oitava posição do Campeonato, vem crescendo. Dá esperanças aos torcedores e aos comentaristas de que pode chegar, o que pode acontecer ou não.

Mas para não dizer que não falei de espinhos, vejamos: frente a chance de um clube Gaúcho conquistar, na bola e na raça, uma vaga para o campeonato mais importante do continente, se tu fosses dirigente da FGF, o que tu farias? Desencorajaria a consulta e a pressão à CBF, dizendo que é bobagem, ou lutaria ao lado do clube, até o fim, pela vaga sonegada pela Comebol?

Bueno, dá uma olhada na cor do blusão do cidadão aí em cima. Te lembras que além de presidente da FGF ele é dirigente do pessoal ali da Padre Cacique e começa a entender a boa vontade demonstrada por ele quando se trata de defender os interesses do Grêmio. Fábio Koff, cadê o senhor quando precisamos?

Avante Tricolor!


Antes do início do jogo do Grêmio contra o Vitória, conversava com o Amarante. Eis que ele me diz algo mais ou menos assim: se hoje, com esse monte de desfalques, o Grêmio ganhar do Vitória, vou precisar me redimir com o Renatão.

Nós, que somos Gremistas, e estou obviamente incluindo o próprio Renato como ficha 1, só queremos uma coisa: o Grêmio com a sua cara, com a sua maneira de jogar futebol e colocando taças no armário. De nada importa que nosso jóquei esteja “acariocado”, como quer a sempre fraca revista Placar. Interessa que antes de gaúcho, o Portaluppi é gremista como todos nós e quer ver o Grêmio em seu lugar de direito. E o Santo sabe o que faz. Jogos como o de hoje dão mostras que há o trabalho do técnico e que ele funciona.

De nada adianta olhar para um triunfo como esse e ponderar sobre a fraqueza do oponente. Muita gente boa deixou pontos importantes por lá, sem contar o fato de nós passarmos um ano inteiro visitando gente fraca e não levando ponto nenhum para casa. De mais a mais, convenhamos: fomos para o campo com uma equipe sub-23. Renato protegeu bem a defesa, povoou o meio-campo e deixou o Jonas de centroavante aipim, enterrado. Chegando para atacar, os laterais e os meias Roberson e Maylson.

Sobre as circunstâncias da partida: o gol de Maylson foi aos 20 min do primeiro tempo e o Grêmio passou por alguns momentos difíceis na partida, vindo a aumentar o placar somente no finalzinho do jogo. Acho que nesse fato está a nossa maior virtude. O Grêmio não sucumbiu à pressão, soube segurar o resultado enquanto foi preciso e Renato soube mexer no time mudando a cara do jogo. A entrada de Clementino Pérola Negra ofereceu uma ótima alternativa de contra-ataque, que acabou virando gol.

Sobre o Jonas, eu que fui criticado há pouco por passar-lhe o sabão, cito os dizeres de nosso ponderado Blogremista Luiz Fernando:

"Jonas não é craque, mas é útil. Todavia tem que saber das suas limitações. Ontem foi irritante! Pô, jogador mediano não tem direito de fomear e tem que saber que a sua condição de artilheiro do brasileiro não advém do seu talento, mas da obra do coletivo. Campanha: JONAS SOLTA ESTA BOLA."

Claro que o LF é contra os meus métodos e fala em campanhas. Acho mais plausível uma tusina de laço, mas vá lá, façamos uma campanha.


Agora vamos para cima do Grêmio Prudente, sem piedade. De pontinhos em pontinhos, vamos ver onde esse Grêmio chegará.