Porém tem três questões que merecem reflexão.
1) Efetividade
Ontem, tal qual nos jogos contra Flamengo e Internacional, nós tivemos maior posse de bola, maior domínio e maior número de chances. Mas novamente não conseguimos converter tudo isso em gols. E não adianta: no futebol, até segunda ordem, ganha quem acerta mais vezes a bola dentro daqueles arcos que ficam nas extremidades do campo.
Temos que aperfeiçoar as finalizações, pois em jogos difíceis não se pode perder chances.
De outra banda, o Jonas tem que se dar conta que TUDO na vida tem um lado bom e um lado ruim. Se por um lado é ótimo ser atrilheiro do Brasileirão, por outro é imperioso saber que tal condição despertará a atenção dos adversários, que aplicarão cuidados redobrados na marcação. Não adianta ficar olhando para o juiz, para as câmeras ou ficar discutindo com o zagueiro! Tem é que fugir da marcação e se aperfeiçoar mais e mais.
Por fim: só faz gol quem chuta. Pelo segundo jogo seguido chegamos em frente à área e não batemos a gol! O time parece buscar o espaço ideal, a melhor posição, o melhor chutador, etc! Isso até pode ser feito em jogos de menor dificuldade! Mas em briga de cachorro grande, a tese é "abri, bateu!" (D'Alessandro e Conca que digam!).
2) Individualidades.
Time que pretende algo grande na competição, não pode se dar ao luxo de ter a maioria de suas individualidades jogando mal. Um que outro ainda vá lá! Mas três ou quatro, no mesmo jogo, é de matar. Fora o Gabriel - que jogou muito! -, os demais protagonistas do time afundaram, em especial Douglas e Lúcio.
3) A questão que todos pensavam superada.
Sei que o Rockenbach e o Adilson não puderam jogar. Entendo perfeitamente que deve ser triste olhar para o grupo e ver que a única alternativa para a posição é o Ferdinando.
Todavia, como já fora evidenciado em período anterior, Souza e Douglas não podem jogar juntos. A impressão que dá é que se anulam mutuamente. Com ambos em campo, acabamos perdendo em marcação e em armação.
Os professores da bola dizem: futebol é equíbibrio. Disto se conclui que: a) não se faz bom time com apenas onze Dinhos ou onze Romários; b) que não se pode ter mais de um jogador preguiçoso-armador-técnico-criativo no mesmo meio campo.
Lúcio e Douglas vinham se dando bem por causa disso: um é mais técnico, pensador e criador; o outro mais elétrico, de mais correria e vontade. Do equilíbrio destas caracterísitas é que adveio o sucesso da dupla.
Já Souza e Douglas não podem se dar bem, justamente porque possuem características semelhantes, de toque de bola e futebol mais descompromissado. A escalação dos dois juntos onera demais a equipe.
Por fim, considero que o G3 ficou muito difícil, mas não impossível. Ademais, tem a possibilidade de uma zebra na Sulamericana. Já demonstramos que temos time e comando! É só ter um pouco mais de efetividade!
Força, Tricolor!