segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Meu lado criticista!

Tá bem, tá bem! Foi 5 x 0. Tivemos evoluções. Goleada é sempre goleada. Houve jogadas de qualidade. Rui Cabeção se movimentou muito, fez gol e deu passe para outro. Como diria um amigo meu, entendido de anatomia: "o cara corre tanto que parece ter dois pulmões." Alex Mineiro demonstrou que sabe jogar. Souza evidenciou crescimento, além de determinar quem vai bater as faltas de perto da área. A zaga foi bem, salvo o lance bisonho do Réver, que atrasou, de forma simulada, a bola de cabeça para o Vitor.
No entanto, assim como não dá para fazer terra arrasada ante algumas derrotas, cumpre não supervalorizar esta vitória.
Em primeiro lugar, não deveriam permitir que um time de futebol entrasse em campo com aquele uniforme. Em especial se este time for um representante tradicional do interior do Estado. BAh, aquilo é cor de personagem de desenho infantil!
Em segundo lugar, sejamos francos: defesinha amiga! Acho que se colocassem aqueles bonecos infláveis de posto de gasolina, que ficam "voando" de um lado para o outro, teríamos mais dificuldades em entrar na área adversária.
Em terceiro lugar, cumpre referir o desespero do adversário, cuja maioria dos jogadores estava mais preocupada em NÃO receber a bola, do que tentar criar ou desarmar alguma jogada.
Assim, é inegável que fizemos a nossa obrigação, goleando uma equipe que, ao menos no jogo deste sábado, demonstrou que "chora de ruim".
Mas ainda temos muito a fazer.
O Alex Mineiro precisa de um companheiro, URGENTEMENTE! O Jonas é esforçado, mas não pode ser titular! Aliás, quem perde gol contra aquela defesa da gringada italiana, não pode pensar em titularidade em ano de Libertadores. O Reinaldo, por sua vez, até tem qualidade, mas raramente consegue jogar mais de três partidas sem se contundir. Portanto, espera-se o desembraque de um ou dois bons atacantes.
O W. MAgrão não pode jogar na primeira do meio. Não é a dele. É notória a falta de naturalidade com que ele tenta desenvolver esta função.
Por fim, precisamos de mais uma bom meia, para compor o grupo, e de um lateral direito para esquentar o banco.
Foi o que percebi do jogo deste sábado. É um relato meio amargo, quiçá criticista, em face da contundente vitória. Vai ver que peguei o vírus que circula ali na social, na turma do amendoim, que gosta de ver o jogo atrás do reservado tricolor.
Alguma coisa boa? Sim, o fato da direção e dos jogadores terem entendido que a vitória, ainda que justa, não pode ser tomada como parâmetro para muita coisa.
A Libertadores está próxima de começar, e não podemos cair nesta armadilha da imprensa (em especial daquele comentarista cujas iniciais - WC - são bem apropriadas para o teor dos seus comentários), que tenta nos iludir com resultados obtidos no Gauchão, contra equipes montadas às pressas e, em sua maioria, desprovidas de uma razoável qualidade técnica.
Dá-lhe, copero. A Copa de San Martin e Simón Bolívar te espera logo ali! "Despassito", chegaremos lá!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Querem quebrar a banca!

Ano passado (na verdade foi semana passada), escrevi sobre os "criticistas", referindo-me à parte da nossa imprensa que se limita a "descer a lenha" em tudo, sem qualquer análise ou fundamentação.

O post mal começou a esfriar e a nossa gloriosa direção concedeu, de forma gratuita, mais munição para a artilharia pesada desta gente oportunista e descriteriosa.

Só que desta vez, diferentemente do caso do Alex Mineiro (cujas críticas, ao meu ver, somente devem ser feitas após a análise de suas primeiras atuações), não há como defender a direção tricolor.

A perda do Rodrigo Caetano, além de lástimavel, afigura-se inadmissível, seja pela comprovada competência deste profssional, seja pelo belo trabalho que realizou perante o nosso glorioso tricolor.

Lendo os noticiários, as informações dão conta de que a saída do nosso diretor executivo ocorreu por motivos de desafio profissional, nada tendo a ver com questões finaceiras e/ou problemas de ordem política.

Custo a acreditar no que leio. Não sejamos ingênuos! Há algo de errado no reino! Desafio profissional? Ora, esta história de pegar o time grande na série B e levá-lo de volta à elite do futebol brasileiro vem se repetindo ano após ano. Foi assim com Palmeiras, Botafogo, Grêmio e, no ano passado, com o Corinthians. Em virtude disto, tal tarefa não se constitui mais em um diferenciado desafio profissional. Novidade mesmo, em termos de desafio profissional, é pegar um clube com parcos recursos financeiros e, com base na criatividade e superação, montar um grupo capaz de levá-lo à conquista da América e, quicá, do Mundo.

Portanto, como dizem os fronteiriços, "não me atochem"". A saída do Rodrigo Caetano não guarda qualquer relação com desafio profissional. Restam, portanto, duas hipóteses: questões financeiras ou problemas políticos.

Perder um profissional deste gabarito por dinheiro e/ou questões políticas é permitir o "apequenamento" da instituição.

A torcida do Grêmio, nestes últimos anos, vem tolerando a crise financeira que assola nosso clube, por mais que a paixão deponha contra sentimentos de tolerância racional. Somos cientes de que no atual momento não há como exigir grandes gastos ou contratações de valores extratosféricos.

No entanto, não podemos confundir "TEMPORÁRIA crise financeira" com "perda da noção de gandeza do clube". Isto nunca! É sabido que não temos, na atual situação, condições de disputar profissionais com times europeus ou até mesmo com o São Paulo, cuja estrutura e situação financeira mostra-se diferenciada em termos de Brasil.

Todavia, perder profissionais para o Vasco é demais! É inadmissível! No Vasco o mês não tem trinta dias. Além disso, o time recém foi rebaixado. Por outro lado, o Grêmio mostra-se um clube que vem se organizando do ponto de vista financeiro, tendo pela frente a disputa de uma Libertadores, o que, por si só, é garantia do ingresso de vultuosos valores. Assim, não podemos aceitar perder sequer o nosso roupeiro para o clube cruzmaltino.

Diante da ocorrência de qualquer uma das hipóteses ($$$ ou política), não há como negar a fragilidade da nova direção. Ou pior: a omissão da nosso comando executivo!

Deste jeito, querem quebrar a banca, valorizado os criticistas em detrimento daqueles que verdadeiramente defendem o Grêmio.

Ao Mauro Galvão, que vem com a árdua tarefa de substituir o Rodrigo Caetano, desejo sorte, sabedor de que o clássico ex-zagueiro nada tem a ver com as trapalhadas iniciais da nossa direção.