quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A(s) verdadeira(s) razão(ões)?

Muito se tem debatido sobre as razões pelas quais o Grêmio não vence fora de casa ou, o que é pior, não conquista mais títulos de expressão.

A ausência de qualidade técnica é uma delas, sem dúvida. A falta de "atitude" do time lquando joga longe da torcida é outra. A necessidade de que o aprendizado entre o Grêmio e Sir P. A. seja uma via de mão dupla também pode ser elencada, pois, a par da sua reconhecida capacidade, resta evidente que nosso treinador tem que perder um pouco de sua carioquice, ao menos enquanto estiver treinando o Grêmio.

Mas tudo isto, ao meu ver, é secundário. A questão de fundo é diretiva e já vem de tempos remotos. Não obstante a direção atual padeça de conhecimento futebolístico e, principlamente, de comando de vestiário (vide os frequentes e inadmissívies casos de "discussões" entre jogadores, envolvendo especialmente o Tcheco), não é somente a ela que deve ser atribuída a culpa pela atual situação vivenciada pelo noso clube.

Deixo, aqui, duas informações, para que os leitores tirem suas próprias conclusões.

1ª informação- resultado da reunião do conselho, realizada ontem, cuja pauta era a redução da cláusula de barreira de 30% para 20%.

Dos 308 conselheiros, apenas 161 apareceram para votar esta importante deliberação para a democratização do clube. Sendo que:
- 145 votaram pelo sim;
-7 pelo não;
- 1 absteve-se;
- 8 assinaram a lista de presenças e saíram antes da votação;

Ou seja: por ausência de quórum, manteve-se a cláusula de 30%, ao menos por enquanto. Em suma: perdemos mais uma oportunidade de aproximar o clube do seu torcedor associado. Mas tudo bem, pois, ao que parece, não precisamos de renovação mesmo.

Houve omissão de boa parte do conselho? Ou será que a função de conselheiro serve apenas para "status" e para que se possa frequentar as tribunas de honra? Seria "caça aà bruxas" divulgar o nome dos onselheiros que faltaram injustificadamente?

2ª informação - caso DETRAN/RS: três ex-dirigentes do Grêmio envolvidos.

A ação civil pública ajuizada pelo MPF, versando sobre o episódio de corrupção mais badalado da história do Rio Grande do Sul, acusa de envolvimento no desvio de dinheiro do DETRAN três ex-diretores do Grêmio: Flávio Vaz Neto, José Otávio Germano (vice do Guerreiro! Aquele Presidente que já sofreu processo penal decorrente de delitos perpetrados na época da ISL!) e Paulo Pelaipe.

Sei que a Constituição consagra o princípio da presunção de inocência e, até prova em contrário, não podemos culpar ninguém pelo ocorrido. Todavia, como diz o ditado: onde há fumaça, há fogo!
Torço para que nenhum esteja envolvido neste escândalo. Mas, se provada a culpa deles, tenho o dever de questionar sobre a conduta de tais pessoas em relação ao patrimônio tricolor.

Será que estas notícias explicam, em parte, nossa atual realidade?

A hora é de reflexão, enquanto se espera pelo jogo de domingo.

Dá-lhe tricolor!





1 comentários:

amarante disse...

Disse tudo!!!
Além de uma direção incompetente, temos um conselho retrógrado e inoperante. A oxigenação do conselho é o ponto de partida pra fazer do Gremio um clube realmente de seus sócios e torcedores.
Algo tem de ser feito para que se torne publico a negligencia dos nossos conselheiros. Vergonha!!