terça-feira, 10 de novembro de 2009

Em tempos de ostracismo, leves pitacos.



Começaram as especulações sobre 2010: quem sai, quem fica, quem vem, etc.

Nesta esteira, gostaria de comentar alguns tópicos que, ao meu ver, estão sendo apresentados/interpretados de forma incorreta pela opinião pública.

1ª questão - Paulo Autuori

Não sei se Sir P. A. vai ficar ou não. Também não sei se sua eventual saída será boa ou ruim para o Grêmio.

A questão que me deixa indignado é que a avaliação do técnico se resume a uma pergunta: P. A. tem a cara do Grêmio ou não?

Ora, é sabido que o Grêmio possui um estilo de futebol aguerrido, de muita força e raça. Todavia, todas as nossas grandes conquistas contaram com um ingrediente básico além dos acima referidos: a qualidade!

E aqui que entra a questão do técnico. Sir P. A não é, nunca foi e jamais será um técnico do tipo que "tira leite de pedra", ao estilo Mano Menezes (vitorioso, com equipes de qualidade) ou C. Roth (sem comentários). Não é a sua praia.

Ah, então ele não presta? Negativo! O cara é bom técnico, mas é do tipo que precisa de qualidade humana para trabalhar (tal qual Muricy, Luxemburgo e outros de similar competência).

É preciso esclarecer uma coisa: técnico que ganha título importante sem qualidade só tem um: Felipão, que se sagrou campeão da Copa do Brasil com o Criciúma em 1991 e com o tricolor em 1994 (não esqueçamos que nas outras conquistas big Phil tinha time!).

Assim, ao invés de ficar com essa balela de "tem a cara ou não tem a cara", seria mais producente pensar em compor um time da qualidade (repito: qualidade é diferente de jogador caro!), para que o "homi" possa mostrar seu trabalho.

Do contrário, caso entendam que ele "não tem a cara do clube", é só chamar o Roth de volta. Certamente garantiremos a vaga na Libertadores de 2011. Mas só a vaga, pois para pensar em título, só com mais qualidade!

2ª questão - Tcheco

O sr. Anderson Simas Luciano é um dos grandes cidadãos que compõem esta nação. Pessoa íntegra, correta, bom companheiro e excelente profissional. Já ajudou muito o Grêmio, nos anos de 2006 e 2007. Fez uma ótima Libertadores em 2007 (a exceção dos jogos finais). Possui lugar cativo no coração dos gremistas. Por uma destas infelicidades da vida (foi a pessoa certa no momento errado) não teve o prazer de levantar um caneco importante para o Grêmio.

Todavia, seu momento passou. O grande Tcheco não é mais nem sombra daquele jogador de outrora. Será sempre lembrado como nosso capitão, como um grande sujeito e terá as portas do Olímpico - ou da Arena - sempre abertas. Será reverenciado quando vier enfrentar o Grêmio como jogador ou técnico. Quiçá fixará residência em Porto Alegre e passará a trabalhar para o tricolor, como gerente de futebol, dirigente ou algum cargo compatível com seu gremismo.

É hora de abrir alas para novos talentos - pratas da casa ou não! -, que possam revigorar nosso setor de armação de jogadas.

Façam uma placa de bons serviços prestados, deixem claro que o Olímpico será sempre a sua segunda casa e deixem o Tceco seguir se destino (de repente do lado de Riquelme e Ronaldo na LA 2010).

3º questão - Maxi López

Maxi é bom jogador? Claro que é. Isto ninguém discute.

Portanto vamos parar de entrar no jogo da imprensa, que vende a idéia de que aqueles que defendem a saída do Maxi é porque o consideram ruim.

A pergunta ser feita é outra: Maxi joga tanto quanto ganha?

Aqui é que reside o cerne da questão! MAxi ganha como craque. Ou seja: como aquele jogador diferenciado, que decide o jogo com lampejos de genialidade. E isso, definitivamente, o argentino não faz. É bom jogador, não resta dúvida! Mas está longe de ser diferenciado!

Ao meu juízo, Maxi ganha mais que joga, de sorte que, na relação custo x benefício, sua permanência não se justifica, ainda mais em face da nossa combalida situação financeira e escassez de qualidade técnica.

4ª questão - M. Galvão

Galvão foi nosso zagueiro na decisão do brasileiro de 1996, subistuindo o capitão América. Tal qual o Tcheco, é um cidadão diferenciado, um ótima pessoa e excelente profissional. Mas, na qualidade de gerente de futebol, seu trabalho foi pífio. Mostrou-se omisso e pouco a vontade no exercício do cargo.

Sua saída é um acerto da atual direção.

Em suma, era isso!

Sigamos em frente, na espera de novas e boas notícias!

Dá-lhe, Grêmio!

6 comentários:

Kbecinha disse...

Essa direção está de palhaçada. Esperaram 40 dias pela chegada do manager, que iria unificar as categorias de base, com planejamento de longo prazo p/ o clube... O Sir P.A. deve ter visto que estava rodeado de amadores e que a chapa dele tava esquentando, resolveu ralar peito.

O que mais me apavora são os treinadores cogitados. Silas? Padreco. Não sei se estava naquele jogo, mas deve ter corrido do Jandir no Morumbi. Senão estava, correu p/ o banheiro e desligou a TV. Pior que ele vai querer trazer uns perebas do Avaí... William, Gago e Eduardo Martini.

Temos que buscar um treinador com a cara do Grêmio. Gostaria de rever o Adilson, embora ele tenha se queimado com o episódio do Cabrito.

Que tal o Dinho, Luís Carlos Goiano ou Arce?

Pelo menos não vamos mais ter que escutar a cantilena do Autuori e seu sotaque.

amarante disse...

Bah! O Kbecinha ou não leu o post ou não concorda com ele, hehe.

Tche, o Paulo Autuori já foi tarde. Também achei que ele poderia acrescentar alguma coisa, mas foi péssimo o custo/beneficio. Na verdade só teve custo.
Não quero ser ortodoxo, mas pra mim técnico do Gremio tem de usar o "tche" na preleção e tomar chimarrão, inclusive no verão. Caso contrário não dá certo. Acho que o adilson ou dorival seriam uma boa. Tem que ser um técnico com certo vigor e atitute pra contrapor a pasmaceira da direção.

Tcheco: Obrigado e tchau.

Maxi Lopes: Muito caro e não é agregador. Não é um cara de grupo. Tinha que ser muito craque pra se dar esse luxo. Borges do são paulo joga muito mais bola.

Mauro Galvão: mais fraco que chá de bolita. Ja foi tarde, não fez nada. Nem sei se ele conheceu o Autuori e o jogadores.

Também gostaria de ver o Dinho em alguma função da comissão técnica. Com Duda, Krieguer, Meira, Mauro Galvão e Autuori fomos 10 em diplomacia e zero em futebol.

Luiz Fernando disse...

Olha....eu me sinto a vontade para falar sobre isso....gosto de uma gauderiada...mas se bastar falar tchê e tomar chimarrão, tragam o Roth, o Poleto, o Ernesto Guedes, o Chiquinho, o João de Almeida NEto, o Luiz Marenco, o Gujo TEixeira ou, então, o Pedro Ortaça. O novo técnico, sem dúvida, tem q ter vigor e atitude (pois não dá para esperar isso da direção!), mas, além disto, tem q entender de futebol. SE tiver essas características pode tomar chimarrão, limonada, cerveja, café ou até mesmo água tônica.
Só duas coisas: a) Silas, não! b) Dorival Jr é bom, mas não toma chimarrão, Amarante!!haaha

amarante disse...

Tche, vivente, em nenhum lugar eu disse que "basta" falar tche e tomar chimarrao.
O Dorival junior ja jogou no gremio. Vide o endereço abaixo:
http://www.supervasco.com/fotos/THUMB_FOT20081216142236.JPG
Pelo que consta tomava chimarrão antes e depois do treino. Na concentração passava com a térmica embaixo do braço.
O Felipão tambem. Olha só:
http://somostodostorcedores.files.wordpress.com/2009/03/felipao2.jpg

Mas é claro que só isso não basta, embora a ideia do Pedro Ortaça não é tão ruim.

Kbecinha disse...

Tchê, Amarante. Tu que não leste o meu comentário. "Pelo menos não vamos mais ter que escutar a cantilena do Autuori e seu sotaque.". E tu ainda comentas que eu falei bem do Autuori.

O que critiquei foi a falta de critério da direção.

Sobre falar tchê ou não. O Dinho seria um excelente assessor do treinador. Não nasceu no Rio Grande porque a cegonha se perdeu com o GPS e o largou na Paraíba. Esse é bagual.

Sobre o técnico, deve vir o Capitão América. Parece que a primeira medidade dele vai ser suspender o jogo de despedida do Danrlei.

amarante disse...

Kabecinha, eu estava me referindo à expressão "a cara do Gremio", cuja utilização foi criticada pelo autor da postagem.
Acho que Dinho e Danrlei poderiam um dia trabalhar no Gremio. Talvez juntos. Se o jogador fizesse corpo mole o dinho iria dar um safanão de frente no vagabundo enquanto o Darlei daria um tapa por trás, como fizeram com o Válber.