quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vá pela sombra

Carlos Alberto, assim como Amoroso, Leo Lima e outros, surgiu para o futebol como craque. Talentoso, temperamental e decisivo em seus melhores momentos. Todos eles tem em comum as mesmas qualidades. E os mesmos defeitos, que são parte de sua personalidade: são irreponsáveis, estão andando para os clubes cujas cores defendem, além de muito mercenários.
A Diretoria do Grêmio, em suas várias encarnações, tem mantido uma característica imutável: a incompetência, a falta de empenho pelo clube e um desconhecimento do mercado da bola que assusta. Carlos Alberto, em sua curta passagem pelo Grêmio, é apenas mais um capítulo dessa história. É mais uma sangria. É mais desperdício de nosso dinheiro, de nossa paciência e de nossas esperanças. Já faz um bom tempo que eu enchi o saco. Não vou mais gastar nem meu dinheiro nem a minha paciência com o clube que só enche os bolsos de um bando de aproveitadores. Até segunda ordem, assim como o Kbecinha, devo dizer o seguinte: larguei!

11 comentários:

Kbecinha disse...

EU JÁ SABIA. O Grêmio é dirigido por um bando de amadores incompetentes. Tentaram empurrar essa naba goela abaixo. Até aquela bosta de trancinha azul ele botou.

A história poderia ser ainda pior, tivessem contratado o traíra, estaríamos vendendo o Olímpico para pagar a rescisão.

Perdi completamente a vontade de assistir esse time jogar. Acho que a má fase se perpetuará por uns 10 anos.

Não se trata do jogar A ou B, o problema é a filosofia do clube. Perdemos o rumo. A BUNDA MOLICE impera desde o presidente ao faxineiro, passando pela torcida.

Na real, estou secando p/ cair no Chile, GREnal vai ser de arrombar o cú. Não preciso mais desta. Já sofremos demais.

Amarante disse...

Eder, sangria é um bom termo pra referir esse bando de sangue-sugas que passaram pelo olimpico. Teve também o Luizão.

K-becinha, essa ultima frase poderia ter sido deixada para a mesa do cerillo. Num blog tao acessado, declarações como essa devem ficar pra "economia interna", compreende??? heheheh

Éder Silveira disse...

Depois de ouvir que "cartolas" do grupo x se reúnem em churrascarias para secar o Grêmio quando dirigido pelo grupo y para construírem a sua volta ao "poder", vou pensar o que? Realmente, o Kbecinha tem toda a razão, é de desanimar. Ver os jogos deixa de ser um prazer, é uma tragédia prolongada, erros e mais erros que se repetem. Uma merda! Amarante lembrou o Luizão. E como esquecer o Alex Mineiro?
Sobre o Dentuço Traíra, que se diga, não tá jogando bosta nenhuma, o Kbecinha lembrou bem: estaríamos hipotecando o Olímpico para pagar as contas (o contrato daquele sujeito seria de 4 anos!!!).
Coragem, que a luta é desigual.

Luiz Fernando disse...

BAh, tem outra notícia desanimadora (ou não). Antes de referi-la, quero dizer que tenho profundo respeito e admiração pelo Presidente F. Koff. Mas a questõa é: a próxima eleição, por causa de RONHA PESSOAL, a eleição possivelmente se dará entre Koff e Odone (nesta vou de Koff). Novamente temos q recorrer a velhos nomes. Não se verifica o surgimento de qualquer nova e promissora dirigência! NEnhum novo nome a quem possamos delegar a função de mandatário máximo. Lamento muito por isso. Afinal, a oxigenação é salutar e necessária a qualquer instituição. Urge o surgimento de novas lideranças, dotadas de idéias modernas, que rompam com esta cultura de briga político-pessoal, trazendo de volta ao Grêmio os conceitos de eficiência, de vitória e de vanguarda (não esqeuçamos: fomos nós que descobrimos a importância do atalho da Copa do BRasil; fomos nós um dos primeiros a fomentar no BRasil a importância da Libertdores. Hoje não fazemos mais nada disto....somos meros coadjuvantes nas competições mais importantes).
Por fim, quanto a CA, nada a declarar. Outro chinelinho que veio ganhar o soldo em POA. E este enganou a quase todos (estou dentro destes), até mesmo o Renato e o Alex FErgunson....hehehe

abraço e sigamos em frente

PS: sou adepto à economia interna. Mas neste caso, fecho com o AThos. E digo mais: ou sejamos campeãos do brasileiro ou então que nossa classificação seja para a sula miranda, pois não dá mais essa história de jogar libertadores como coadjuvante. É hora de colocar os chinelinhos da humildade (tem vários no Olímpico, após a saída de CA, Roger e tantos outros) e recomeçarmos praticamento do zero, disputando, primeiramente, as competições que temos chances de vencer. Somente assim voltaremos ao patamar q queremos.

Éder Silveira disse...

Depois eu vejo pessoas criticando o Mário Fernandes: ele é o único certo por lá, é de fugir!

Kbecinha disse...

Amarante: sei que poderia deixar a declaração p/ economia interna para a mesa do Bar Maria Joaquina, digo Cirilo, mas já perdi o orgulho.

Assisti ao Real x Barcelona, um fiascão em casa, time cagado, com 25% da posse de bola, um baile vergonhoso. Me vi assistindo o GREnal da LA, não quero isso.

Quanto ao chinelinho ou não, depende muito da cultura do clube. O Roger citado pelo Fê tá jogando no Cruzeiro. O problema ainda é maior, é a identidade do clube, filosofia de jogo desde as categorias de base.

Pensando nessa LA, na véspera da competição, perderam o goleador do time (embora ache ele um bosta). Depois, no meio da Copa, vai embora o zagueiro titular e ontem mandam embora um quase-titular. Sem falar que o Magrão, fora dos planos, virou solução. É muita falta de convicção.

Se iriam mandar embora o CA, pq não tiraram ele da lista da LA na semana passada? Só tenho uma leitura para isso, internamente jogaram a toalha.

Quanto ao Koff, só andamos para trás. Não surge ninguém novo. O Conselho Deliberativo serve apenas de vitrine para empresários, escritórios de advocacia e pingos de sabedoria. É uma espécie de Rottary ou maçonaria. Símbolo de status. Já vi até o encontro de 2 conselheiros: "Vai chover hoje?" e a resposta "Parece que no Reino de Danlaba Mendi.". Ah, tu tb és conselheiro...

Kbecinha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Kbecinha disse...

Leiam o texto abaixo, tirado do Grêmio Libertador, nada mais a acrescentar. Perfeito.

No decorrer da entrevista coletiva concedida logo após a dolorosa derrota gremista diante do Universidad Católica, Paulo Odone tentou animar a torcida, dizendo que ainda é possível a classificação, que vencer no Chile não é missão impossível e por aí vai. Durante seu discurso, acabou lembrando da infelizmente nunca esquecida Batalha dos Aflitos, citando o acontecido como exemplo de que tudo é possível para o Imortal Tricolor.
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Concordo com ele em um ponto: a fantasmagórica vitória sobre o Náutico no distante 2005 serve sim como um exemplo. Mas não no sentido positivo que Paulo Odone quis aplicar na torcida gremista. É, isso sim, exemplo de todas as coisas erradas que o Grêmio tem feito nessa década, e da única fórmula que tem sido empregada para tentar resolver esses problemas: uma mistura indigesta de esforço extremo, autismo e raciocínio mágico. Uma poção mágica na qual sempre acabam faltando dois ingredientes fundamentais para qualquer time vencedor: planejamento e, especialmente, futebol.
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Despida de todo o heroismo, a Batalha dos Aflitos foi um último e dramático ato no festival de incompetências que fez o Grêmio desabar para a segundona pela segunda vez em sua história - e que teve sim reflexos na campanha para o retorno à elite, marcada por contratações questionáveis e por maus resultados em partidas decisivas. Não foi uma conquista, pelo contrário - foi o encerramento dramático e catártico de uma grande vergonha coletiva. Podia, inclusive, ter sido muito positivo para o futuro, caso tratado do modo correto. Foi comemorado, de forma muito justa e adequada, nos dias seguintes à improvável vitória. A partir daí, virou um exagero absurdo de cânticos, hinos, livros e DVD, até transformar-se no que é hoje: um fantasma que insiste em puxar o pé dos gremistas, sempre atrapalhando o futuro e prendendo o Grêmio a um modelo que não vai trazer títulos tão cedo - possivelmente, nunca.
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Dito isso, torna-se um exercício do absurdo citar essa partida como exemplo do que deve ser feito para avançar na Libertadores da América. Para ganhar um título continental, temos que buscar uma simbologia totalmente oposta - uma cartilha que leve em conta planejamento estratégico, contratações criteriosas, trabalho sério e abnegado durante um tempo muito maior do que a pré-temporada de cada ano. Um modelo, aliás, que dispensaria demonstrações estrondosas de heroismo exacerbado, como a que será necessária caso o Grêmio queira estender um pouco mais a sua agonia na competição continental.
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Mais do que inadequado, citar a Batalha dos Aflitos para animar a torcida em uma Libertadores beira a vergonha coletiva. É um sinal eloquente de como estamos, todos os gremistas, tremendamente equivocados e fazendo tudo errado por anos a fio. Mostra com clareza que estamos fora de foco, valorizando a raça e a vitória contra tudo e todos como se ela fosse o ponto principal, e não apenas um dos muitos aspectos de um time vencedor. A Batalha dos Aflitos não deveria ser um símbolo do que buscamos, mas justamente o contrário: um sinal inesquecível do que não queremos ser nunca mais. Mas continuamos invocando o tormento, continuamos querendo a redenção no último momento, continuamos achando que vitória boa é a que desafia toda e qualquer lógica do futebol. E, por meio dessas vitórias, continuamos fracassando.

Luiz Fernando disse...

tens razão kbecinha....o Roger tem jogado no Cruzeiro.

A filosofia de clube está equivocada...paramos no tempo.....e eu sigo afirmando: o marco foi a a Lei Pelé! Faz mais de 10 anos e nós ainda não nos adaptamos a mesma.
Já q é p chutar o balde, vamos lá: olhem para o lado. Os vermelhos fazem rios de dinheiro com seus jogadores, investem em estrutura e categorias de base e conseguiram perceber que futebol é bang bang sem mocinho (foram lá e tiraram o Oscar do SP; o sobrinho do LC Wink q estava no Grêmio tb foi p lá - nem sei se joga algo, mas eles estão atentos ao mercado). E nós: nós seguimos contatando medalhões ou falsas promessas. Ah, e sempre acreditando na imortalidad, na raça, na superação e na grande jogada do futebol: o carrinho (para que Messi se tivemos Loco Abreu, M. Lopez e Herrera....Messi naõ é esforçado, nem se joga para evitar a saída da bola pela lateral).
Por fim, o maios triste: lambram lá da das décadas de 80 e 90? Nós entrávamos em campo calmos, não nos pavarávamos com um gol tomado e atacante raramente era expulso em jogos decisivos. Não tínhamos ansiedade, tocávamos a bola e, na hora necessária, fazíamos o abafa o jogo ríspido, etc. SAbíamos a hora p tudo. E eles? Eles eram só atrapalhação e, quando chegava a decisões, não sabiam o que fazer e/ou como se comportar. Apos ver Gremio e Universidad e eles x Penarol vi que op conceitos se inverteram totalmente....quem asbe ser copeiro hj são eles e não nós (é duro mas é real!).
abraço

Kbecinha disse...

Concordo plenamente.

O marco da decadência foi a má interpretação da lei Pelé, a "perca" do traíra e a inédita parceria com a ISL, que nos rende prejuízos até hoje com Nenê e afins. Diga-se de passagem, com o Sr. AVC um dos cabeças dessa época.

O que vemos hoje é reflexo da falta de comando do clube. A torcida está apavorada pela péssima fase vivida nos últimos 10 anos e pressiona o time. Essa ansiedade passa paro o campo, como vimos na quarta, um time com 3 volantes tomando contra ataque. Porém, se houvesse um direção forte e se essa estivesse fechada com a comissão técnica e jogadores, o desespero morreria na arquibancada.

Basta ver a entrevista do Renato sobre a dispensa do CA, "isso é com eles". Claramente há um conflito e isso se reflete em campo.

Jésura disse...

Por que este blog só bomba nos momentos de crise? Talvez porque o sofrimento mexa mais com nossos brios e, conseguentemente, fortaleça ainda mais nossa paixão. Talvez por isso a sofrida torcida do Atlético MG seja uma das mais apaixonadas e leais do Brasil, ao lado da nossa (não estou aqui comparando a história dos dois clubes, cujo abismo é colossal, mas vejo semelhanças sim entre nossas torcidas). Sou de uma geração que se acostumou a comemorar títulos como uma festa de aniversário: uma doce rotina que se repetiria todos os anos. Hoje, anseio por grandes títulos como os britânicos esperam por casamentos da realeza, mas com o desespero de um injustiçado penitenciário à espera da redenção. David Coimbra escreveu dias atrás que Dostoiévski só se tornou Dostoiévski depois de ter sobrevivido a uma quase irremediável condenação à morte. Se não há esperança para nós agora, há o alento de saber que o dia em que o Grêmio voltar a ser Grêmio, será diante da torcida mais desesperadamente apaixonada do Brasil.