segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com as barbas de molho!

Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), empatar com o Santos, na estréia de um campeonato brasileiro, seria um resultado aceitável (mas não positivo). Afinal, trata-se de um jogo entre dois times grandes, que já foram bicampeões da América. Afastada a velha flauta de que "Pelé parou! Pelé parou! E o Santos acabou", é sabido que o enfrentamento contra o time da Vila Belmiro sempre foi e será um jogo encardido.


No entanto, em face da imensa dúvida que paira - ou pairava - acerca das nossas reais condições técnicas, fazia-se necessário vencer o jogo de ontem, de preferência com uma atuação convincente, uma vez que, apesar da estupenda campanha na LA/2009, é cediço que ainda não enfrentamos nenhum time de estirpe.

Diante deste quadro, o resultado e, sobretudo, a nossa atuação deixou a nação tricolor com as barbas de molho.

Não faltou empenho ou oprtunidades de gol. Mas, novamente, faltou qualidade técnica e tática. Novamente fomos reféns de alas muito dispostos, mas pouco efetivos; de uma saída de bola com pouca qualidade; de um ataque pouco criativo; e de uma defesa que restou envolvida algumas vezes pelo ataque adversário. De quebra, o nosso interino, em uma tarde "a la Roth", efetuou substituições pouco lógicas e nada entendíveis (ao menos para mim, que sou um leigo no assunto!).

Souza, que é nosso diferencial técnico, foi discreto. Vítor novamente mostrou que está na ponta dos cascos. Réver foi soberano, mostrando que é possível ter qualidade sem gastar exorbitantes quantias de dinheiro. E M. Lopez, apesar de isolado e carente de uma parceria qualificada, mostrou posicionamento e bom cabeceio, nas poucas vezes em que foi acionado. Do resto, quase nada há a falar.

Ficou o sabor amargo do empate e a certeza de que precisamos mais qualidade. Urge o desembarque de mais jogadores e do tão falado técnico (esta interminável espera é por demais arriscada!), para que possamos sonhar com relevantes conquistas!

Volto a frisar: a superação e a raça são nossos diferenciais! Mas eles, por si só, não bastam! Qualidade técnica é imprescindível! Nossos esquadrões multicampeões sempre primaram pela jogo aguerrido, mas todos eles tinham uma característica inerente ao esporte bretão: sabiam jogar futebol de qualidade!

Agora, é retomar os trabalhos e confirmar a classificação à próxima fase da Copa! Enquanto isto, espera-se que a direção trabalhe nos bastidores, a fim de qualificar o nosso grupo para as duas competições que estamos disputando.

Por fim, gostaria de elogiar o novo programa de sócios. Após uma longa idade média, parece que o renascimento bateu as portas do markenting do Olímpico, que resolveu adotar nova medidas de reaproximação do torcedor com o clube! São medidas ainda insuficientes, mas que, ao que tudo indica, denotam a chegada de novos tempos. Parabéns ao quadro social e as novas cabeças que estão cuidando da imagem tricolor!

Dá-lhe copero!





1 comentários:

adriano disse...

Grande LF, textos cada vez melhor. Por isso esse é meu blog favorito: boas análises com conhecimento de futebol.
Concordo plenamente que raça deve ser complementada com qualidade.
Importante a observação sobre a iniciativa da direção na aproximação com os sócios. Chega de gerir o clube com os metodos de 20 anos atrás.