sexta-feira, 29 de maio de 2009

Na terra de Chávez, um jogo a la Simon Bolívar!

A noite de quarta-feira sentenciou o que muitos já sabiam: na Copa não existe "jogo jogado"! Esta regra (que não comporta exceção!) deve ser decorada a exaustão pelos gremistas mais novos, pela imprensa vermelha e pelos torcedores destes times que só conheceram a Libertadores na era fair play.

A LA, meus amigos, exige técnica, mas, acima de tudo, exige espírito libertador. E por isso que esta é, sem sombra de dúvidas, a competição mais apaixonante do planeta. Nela, tudo pode acontecer!

Nosso time não jogou bem, apesar do ótimo resultado obtido. É verdade que o campo prejudicou muito as atuações de Souza e companhia. Todavia, estas desculpas referentes às condições do gramado, ao vento, à temperatura, etc., não são condizentes com a história da nossa instituição. Deixemos isto para quem tem espírito carioca.

Agora, vamos convir: se o gramado não permite o toque de bola, de nada adianta tentar jogar por meio de tabelinhas e jogadas de aproximação! Qual a solução? Cruzamentos para a área e chutes de longa distância.

Todavia, até para se jogar a bola na zona do fedor ou arriscar arremates de fora da área é necessário qualidade! E aí que reside toda a questão! Bons tempos em que a gente sabia que a bola do Arce tinha endereço certo! Bons tempos que o rebote do Dinho ou do Bonamigo iria, no mínimo, exigir um esforço heróico do goleiro adversário!

Mas os tempos são outros! Com todo respeito: nossos laterais (ou alas como querem os modernos) não tem um cruzamento qualificado. E olha que o nosso avante tem estatura suficiente para servir de referência às bolas alçadas! O nosso meio, não obstante a qualidade do chute do Souza e do Tcheco, pouco arrisca da intermediária. É hora de trabalhar, também, estes fundamentos, meu caro Sir P. A.

No entanto, valeu pelo resultado. Deixamos tudo para o Olímipo, onde o gramado e a torcida fazem a diferença! E, apesar da má atuação, nosso gremismo impede que não tenhamos esperanças na conquista da LA 50 anos!

Mas o ponto forte da noite, além do resultado, foi o comportamento do nosso adversário, que soube louvar as raízes históricas da Copa de San Martin. Aos 3 minutos, um jogador deles se lançou ao solo, após uma leve dividida com o Souza. Lance da catimba e de condicionamento da arbitragem, típico de Libertadores. Depois, nossos suplentes não puderem aquecer, em virtude dos objetos lançados pela fanática torcida adversária! Após o nosso gol, uma literal ducha para esfriar o ímpeto inimigo, com o acionamento do sistema de irrigação do gramado! E, por fim, possivelmente coagido pelo comandante Chávez, o juiz determinou um acréscimo de 5 minutos ao tempo regulamentar! Fantástico! Libertadores pura na veia!

Todas as ações foram contra nós, mas devem ser saudadas, pois devolvem à Copa o charme e as dificuldades que lhe foram retiradas com o advendo do fair play e da valorização do comportamento burocrático e politicamente correto.

A direção tricolor e o nosso técnico condenaram as ações, fazendo jus ao discurso oficial e prudente. Mas todos sabemos: lá no fundo, ficaram felizes, pois a noite fez recordar a velha Libertadores de guerra, tão disputada e desejada. A Libertadores sem anti-doping e sem televisionamento! A Libertadores que se ganhava na bola e no sangue! A Libertadores da década de 80, dos grandes embates! A Libertadores que, muito mais que um torneio comercial, era a disputa para ver quem mandava na América!

Obrigado, venezuelanos, por pemitirem tão saudosas reordações! Somente na terra de Chávez é que poderíamos lembrar o espírito de Simón Bolívar e San Martin!

Dá-lhe copero!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Grêmio no cinema

Sem jogo no meio de semana, sobra tempo pra pesquisar videos e noticias sobre nosso "único amor". Está anunciado que no inicio do mes de junho entrará em cartaz o filme "1983 - o Ano Azul". O trailer ja está no youtube e pode ser conferido abaixo.



Outra produção da cinematografia tricolor é um filme sobre a Geral. Grande iniciativa já que estamos falando da torcida que revolucionou o modo de torcer entre os clubes brasileiros. Os que tentam imita-la agora terão o filme como mais um recurso para aprender a torcer.



Os vídeos servem de aquecimento para o importante jogo contra o Botafogo, no domingo. Tomara que a estréia de Paulo Autuori seja o inicio de um novo enredo de glórias para filmes futuros.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Chegou o novo piloto.



O esporte tem suas curiosidades. Rubens Barrichelo, por exemplo, parecia esquecido e pronto pra se aposentar. As mudanças na formula 1 fizeram que o moço da sambadinha reaparecesse no cenário do esporte. O problema de Rubinho é que tem sempre alguém mais talentoso com o mesmo carro. Acho que a analogia com a Fórmula 1 é válida para o futebol: vale muito o talento do piloto, mas o mais importante de tudo é ter um bom carro. O melhor piloto não faz milagre, apenas tira o melhor resultado dentro dos limites impostos pelo potencial do carro. Geralmente as vitórias nesse esporte aliam bom piloto e qualidade da máquina.

Acho que futebol é um pouco isso. Importantíssimo o comando, mas não é a questão determinante. Paulo Autuori surge como um comandante de ponta, resta saber o que ele poderá fazer com nosso insuficiente grupo. Sua entrevista (pode ser acessada no clicrbs – 40 min respondendo aos jornalistas) chama atenção pelo valor dado à concepção de futebol, demonstrando ser alguém que busca pensar o esporte por um viés quase científico. Numa de suas respostas, ele mesmo admitiu que no futebol há dois protagonistas: jogador e torcida. Com essa declaração, Autuori adianta que o técnico não faz mágicas, embora seja importantíssimo.

Nosso novo técnico chega com um tom diferente da cultura gremista. Chamou a atenção sua idéia de que um time se torna competitivo quando controla e propõe o jogo. Ressaltou a capacidade de marcação do Grêmio deixando transparecer que esse quesito é secundário na estratégia de um time. Falou que não se deixará pautar por resultados, mas sim por concepções e conceitos de futebol.

Pelo que disse, Autuori causará um choque de cultura no Grêmio. Acho que isso será válido se seus conhecimentos somarem à nossa identidade e não tentar substituí-la. O que temos que esperar agora é que a direção ofereça alternativa e qualidade suficientes para por a prova o talento de Autuori. Caso contrário, será difícil de nosso piloto subir no lugar mais alto do podium da libertadores e do brasileiro.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Novidades? Só a chuva!



Ontem foi a noite das confirmações. Salvo a tão esperada chuva, que veio trazer alívio àProvíncia de São Pedro, nenhuma outra novidade se fez presente ao Olímipico.

A primeira confirmação foi a vitória. A classificação veio naturalmente, sem muito força, através de um 2 x 0 que, além de quebrar o jejum do Jonas, garantiu uma passagem tranquila e segura às quartas-de-final. O futebol apresentado foi mediano, mas o suficiente para obter a almejada vaga. O "freio de mão puxado" foi justificável, ante o placar do primeiro jogo e o compromisso do próximo sábado em BH, onde enfrentaremos o Galo do sempre teimoso Sr. Roth.

A segunda confirmação foi a do Autuori. Por mais que a direção afirme que a conclusão do negócio ocorreu há três dias, é cediço que a interminável espera pelo anúncio do treinador somente poderia ser justificada pelos compormissos do Sr. Autuori. Nada mais explica deixar um time 38 dias sem comandante efetivo, em meio a uma Copa Libertadores. Ao Sir. P. A. sorte na sua nova missão, com votos de que repita os suessos que teve com Cruzeiro e São Paulo na disputa da Copa.
Por fim, a última confirmação ocorreu no segundo tempo. Se ainda persistia alguma dúvida, esta esvaiu-se com o jogo de ontem: Jadílson é muito mais jogador que Fábio Santos. Pode não ser o supra-sumo da posição, mas deu uma resposta bem superior ao até então titular.

Agora é ir a BH e buscar os três pontos, para recuperar o resultado de domingo passado.

Dá-lhe tricolor!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Com as barbas de molho!

Em condições normais de temperatura e pressão (CNTP), empatar com o Santos, na estréia de um campeonato brasileiro, seria um resultado aceitável (mas não positivo). Afinal, trata-se de um jogo entre dois times grandes, que já foram bicampeões da América. Afastada a velha flauta de que "Pelé parou! Pelé parou! E o Santos acabou", é sabido que o enfrentamento contra o time da Vila Belmiro sempre foi e será um jogo encardido.


No entanto, em face da imensa dúvida que paira - ou pairava - acerca das nossas reais condições técnicas, fazia-se necessário vencer o jogo de ontem, de preferência com uma atuação convincente, uma vez que, apesar da estupenda campanha na LA/2009, é cediço que ainda não enfrentamos nenhum time de estirpe.

Diante deste quadro, o resultado e, sobretudo, a nossa atuação deixou a nação tricolor com as barbas de molho.

Não faltou empenho ou oprtunidades de gol. Mas, novamente, faltou qualidade técnica e tática. Novamente fomos reféns de alas muito dispostos, mas pouco efetivos; de uma saída de bola com pouca qualidade; de um ataque pouco criativo; e de uma defesa que restou envolvida algumas vezes pelo ataque adversário. De quebra, o nosso interino, em uma tarde "a la Roth", efetuou substituições pouco lógicas e nada entendíveis (ao menos para mim, que sou um leigo no assunto!).

Souza, que é nosso diferencial técnico, foi discreto. Vítor novamente mostrou que está na ponta dos cascos. Réver foi soberano, mostrando que é possível ter qualidade sem gastar exorbitantes quantias de dinheiro. E M. Lopez, apesar de isolado e carente de uma parceria qualificada, mostrou posicionamento e bom cabeceio, nas poucas vezes em que foi acionado. Do resto, quase nada há a falar.

Ficou o sabor amargo do empate e a certeza de que precisamos mais qualidade. Urge o desembarque de mais jogadores e do tão falado técnico (esta interminável espera é por demais arriscada!), para que possamos sonhar com relevantes conquistas!

Volto a frisar: a superação e a raça são nossos diferenciais! Mas eles, por si só, não bastam! Qualidade técnica é imprescindível! Nossos esquadrões multicampeões sempre primaram pela jogo aguerrido, mas todos eles tinham uma característica inerente ao esporte bretão: sabiam jogar futebol de qualidade!

Agora, é retomar os trabalhos e confirmar a classificação à próxima fase da Copa! Enquanto isto, espera-se que a direção trabalhe nos bastidores, a fim de qualificar o nosso grupo para as duas competições que estamos disputando.

Por fim, gostaria de elogiar o novo programa de sócios. Após uma longa idade média, parece que o renascimento bateu as portas do markenting do Olímpico, que resolveu adotar nova medidas de reaproximação do torcedor com o clube! São medidas ainda insuficientes, mas que, ao que tudo indica, denotam a chegada de novos tempos. Parabéns ao quadro social e as novas cabeças que estão cuidando da imagem tricolor!

Dá-lhe copero!





quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sou Grêmio pelo Mundo...

Bali, Indonésia - Quando não está torcendo para o tricolor, Guntur vende quadros nas ruas de Kuta. Me confessou que está preocupado com a postura da nova direção e não entende a decisão de esperar pelo manager Sir Paulo Autori, apesar de achá-lo um bom técnico. Disse que gostaria de ver o Portaluppi incendiando o Olímpico. Mesmo assim, acredita que a América será libertada pelo tricolor e a competição voltará a ter o prestígio perdido pelas conquistas de equipes momentistas e circunstanciais.

Isso prova quem é o verdadeiro clube multicontinental dos pampas, não um reles Once Caldas - RS.

Professor Amarante, essa camisa tu não tens na tua coleção.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Entrevista com Paulo Isidoro: Herói de 1981


Prezados amigos e leitores BLOGREMISTAS,


Aguardando o embarque rumo a Lima (Peru) e, em comemoração aos 28 anos da inesquecível conquista do Campeonato Brasileiro de 1981, ocorrida no Morumbi dia 03/05/1981, publicamos, nos mesmos moldes que já fizemos outrora com Baltazar, a entrevista com mais um dos heróis daquela conquista:


Nome completo: PAULO ISIDORO DE JESUS


Idade: 55 anos
Nascido em: Matosinhos (MG)

Filhos (S/N) ? Quantos ? R:Sim. 3 filhos

Qual a sua atividade atual ? R: Treinador de Categoria de BaseQual o gol mais bonito da sua carreira e qual o gol mais importante da sua carreira ?
R: Gol mais bonito: Atletico X Guarani de Divinópolis 1978, quando o Atlético foi Bi-Campeão Mineiro
Gol mais importante: Grêmio X São Paulo - Olimpico (1981)

Qual a sua maior decepção ou qual o seu maior arrependimento no futebol ? R: Decepção: Não ter sido titular na Seleção Brasileira em 1982
Arrependimento: Nenhum. Fui campeão em todos os grandes clubes que joguei.

Qual o segredo do time de 1981 para bater o SPFC (que era a base da seleção brasileira) em pleno Morumbi, naquela histórica final, visto que na fase classificatória levamos 3 a 0 em SP ?

R:O segredo foi a união do time e a confiança que tínhamos com muita determinação. Com a experiência de um excelente treinador que era o Ênio Andrade.

Qual a receita para o Grêmio voltar a conquistar os títulos de sua grandeza ?

R: Atualmente tanto para o Grêmio, quanto para todas as equipes brasileiras o importante é incentivar as Categorias de Base, com o objetivo de formar Atletas.


Qual o recado que tu mandas para a torcida do Grêmio ?

R: Que ela continue sempre incentivando o time, empolgando com as "avalanches".

Para visualizar a entrevista anterior com Baltazar, acesse:
http://blogremistas.blogspot.com/2008/07/entrevista-concedida-por-baltazar-maria.html
Saudações Tricolores

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Caminho traçado



Terminou a primeira fase. Com ela todas as indefinições e especulações sobre os confrontos da chamada fase mata-mata (tenho um colega de trabalho que jura que essa expressão é estúpida e que o correto é mata-morre). Preciosismos a parte, já é possível conhecer o caminho e projetar os adversários das próximas fases.

O próximo adversário é o San Martin, do Peru, que perdeu na noite de ontem para horríver plate. Sei que o trocadilho é infame, mas denota um pouco da malesa em que está o tradicional clube argentino. Vendo o jogo de ontem tive a impressão que o time peruano tava se fazendo e a derrota foi planejada pra evitar o Boca. Impossível que sejam tão fracos e percam para um time desmotivado pela eliminação e ruim como é o River. Não podemos confiar que o San Martin repita essa atuação. Nesta hora é necessário estar “mais ligado que rádio de preso” e não perder a concentração com adversários supostamente mais fracos.

Se obtivermos sucesso nas oitavas, enfrentaremos nas quartas-de- final o vencedor de Caracas e Deportivo Cuenca, o que não deixa de ser uma noticia animadora. Mas isso fica para um outro post, quando o perigoso San Martin estiver superado.