domingo, 7 de dezembro de 2008

Vamos ao que interessa.



Acabou o campeonato dos brasileiros e não saímos campeões. Desculpas à parte: um juiz fã da Madonna, gol do título num impedimento escandaloso que até uma tetraplégica cega marcaria,mandos ( e desmandos) de campo do STJD, etc. A verdade é que, de novo, ficamos no "quase" pelas carências do time.

Não aceito as desculpas de que nossa folha salarial é de somente R$ 800 mil e a dos bambis de R$ 3 milhões. Qual valor das folhas da Portuguesa e do Vitória? Times que deixamos de ganhar fora de casa. Nem me venham com essa de que chegamos longe demais e que as perspectivas eram de uma briga contra o rebaixamento, depois das eliminações no Gauchão e na Copa do Brasil. As expectativas se adaptam e depois de 17 rodadas na liderança e 11 pontos na frente dos bambis, o mínimo que eu esperava na noite de hoje era estar estirado em coma alcoólica em alguma maca do HPS. Infelizmente, estou aqui escrevendo no blog e com uma baita ressaca moral.

Tudo bem, atingimos nosso objetivo, estamos na Libertadores. Afinal, essa é a única motivação para jogar o campeonato dos brasileiros. Nunca imaginei (e não imagino) que o Grêmio ganharia essa bosta desses pontos corridos. Porém, com a campanha do primeiro turno, passei a acreditar que dava. E continuo acreditando que dava, não fosse a falta de comando. Basta ver a morosidade dos dirigentes em questionar o local do jogo do Goiás, o que já havia sido definido há 2 semanas. Não vou perder tempo reescrevendo as outras barbaridades, se quiser saber basta fuçar o histórico do blog.

Estou muito indignado? Claro, vivemos de indignação. Se não fosse por isso, estaríamos até agora em lugares nos quais nunca deveríamos ter estado. Fecharíamos a Goethe para comemorar a suruba com a Sulamiranda. Não suporto discurso resignado e prêmios de consolação. Me dê uma medalha escrito "último lugar", mas não uma com "honra ao mérito". "Fomos longe demais", "chegamos perto", são frases que jamais escreverei. Isso que nos faz gremistas e não torcedores de escanteio.

Espero que a nova diretoria consiga montar uma equipe que tenha a alma do tricolor e liberte a América das mazelas dos últimos anos. Não é necessário gastar uma caminhão de dinheiro, basta conhecer o futebol. Tomara que o Sr. Krieger não me contrate mais Morales através do DVD. Tchê, pega um vôo para Buenos Aires e vai assistir o meia-cancha, Sebástian Rusculleda, do Tigre jogar. E, por favor, nunca mais me pronuncie as palavras "se Deus quiser o Grêmio será campeão". Se tu acreditas no divino (ao contrário de mim), saiba que ele só ajuda os competentes.

Enfim, ano que vem tem mais. Pelo menos não verei mais o Jean, Paulo Sérgio, Morales, Marcel, Pico, Perea e outros com a camisa do Grêmio. Infelizmente, o treinador será o mesmo. Vamos ter que quebrar mais esse tabu para o professor Roth.
Fiquem à vontade, me chamem de radical. Já estou acostumado. Até as freiras do maternal me indicaram uma psicóloga, mas, como vêem, não deu resultado.

ABAIXO O TAL DE FAIR PLAY !!!!!!

5 comentários:

Anônimo disse...

Kabecinha, a tua indignação reflete o sentimento da nação tricolor, pois estivemos com o título na mão e o deixemos escapar. Não perdemos o campeonato hoje,perdemos nas derrotas para o Goiás,para a Portuguesa e para o Vitória. De qualquer forma, acho que fomos iludidos o tempo todo. Iludidos pela bela campanha do primeiro turno e também pelo manto da imortalidade. Na verdade marcamos passo,assim como o Palmeiras, o Cruzeiro e o vexatório Flamengo,enquanto o o São Paulo crescia de forma implacável comandado por um grande treinador. Passei a admirar muito a frieza de Murici que não deixou seu time perder o foco. Aliado a isso, o tricolor paulista tem dinheiro, poder, ingredientes indispensáveis num campeonato de pontos corridos, não à toa desembolsou muita grana para vários adversários do Grêmio nos tirar preciosos pontos. Sendo assim, acho mesmo que temos que comemorar a vaga pra Libertadores: não tínhamos time nem treinador pra sermos campeões. Devemos aprender com os erros e formar um time digno da Libertadores, essa sim uma competição feita sob medida para nós... Ah ser tricampeões da América no ano do centenário de nossos co-irmãos: nada pode ser melhor!

Luiz Fernando disse...

Deixamos escapar um campeonato que estava nas nossas mãos. Restou a Libertadores (o que não é pouco!).
É hora de concentrarmos todos os esforços na montagem de um bom time, com qualidade técnica e vontade. Por favor, vamos ser criteriosos nas contratações. Nada de balaio de jogadores ou então estrelas decadentes que pedem vultuosos salários. Temos que: garimpar jogadores, como fizemos com Victor e Réver;dar sequência a alguns altetas, como Souza, que ontem fez um grande jogo; e, por fim, apostar na juventude, colocando o Douglas Costa para jogar.
De outro lado, temos q adquirir alguns jovens promissores que jogam em times menores. Nem precisam jogar no próximo ano. Deixem eles ali no grupo, esperando sua vez, amadurecendo. Um dia darão a resposta. Por serem apostas, saem barato e, na maioria das vezes, dão resultado.
Concordo contigo, kbecinha: não podemos nos contentar com o quase. Isso é perigoso! No entanto, não há como não contextualizar o resultado a todas as questões que envolvem nosso atual momento institucional, em especial a precária situação financeira.
Enfim, o certame valeu pela classificação à Libertadores. Mas não adianta nada se classificar se não montarmos um time em condições de vencer a competição.
A partir de hoje até fevereiro, tudo será especulação e negociatas. É a hora em que os empresários e os jornalistas tornam-se as estrelas do circo. A nós, torcedores movidos de paixão, resta esperar, sofrer e/ou vibrar com as questões extra campo.
Por fim: ouvi dizer que o Roth pediu quase o dobro para permanecer. Ontem eu disse que entendia a situação da direção (é difícil demitir um cara com uma boa campanha no Brasileiro para trazer uma aposta qualquer). No entanto, este pedido de aumento é a desculpa ideal para não ficarmos com ele. Fica até politicamente correto: "O Roth não permanecerá, apesar da boa campanha no campeonato nacional. O treinador se valorizou muito e o seu padrão de salário tornou-se incompatível com a situação financeira atual do Grêmio".

abraço

Anônimo disse...

Não sabia dessa história do Roth. Leio de uma outra forma, ele também não quer ficar (tá desgastado) e pediu um salário que sabe que o Grêmio não quer pagar. Fica bom para os dois lados.

Com relação às contratações, concordo com tudo. A direção tem que ter critérios na hora de contratar. Avaliar o histórico do jogador e ver o seu comportamento fora de campo. Temos que mesclar jogadores experientes com jogadores desconhecidos. Não dá para gastar dinheiro trazendo o Washington, que já pipocou na final da Libertadores passada. Se é para torrar dinheiro, me tragam o Guerrón, que está encostado no Getafe.

Enfim, temos que definir o técnico de uma vez para ele indicar os nomes, pois não dá para deixar isso na mão de dirigentes de DVD.

Anônimo disse...

Grande texto Kbecinha. Teu ponto de vista tem meu apoio. Sou contra o discurso oficialista-conformista. È claro que a libertadores é uma grande conquista. Sabemos todo o peso e sabor de participar desta copa. Entretanto, isso não pode ser suficiente para nos tirar a capacidade crítica. A não conquista de um campeonato que esteve nas nossas mãos tem que servir pra avaliar bem o futebol. A libertadores exige acertos e nela não há muito espaço para tentativas. Os responsáveis pelo futebol gremista terão que fazer boas contratações com escassos recursos (já que não vendemos nenhum jogador neste ano). O problema é que a amostragem das contratações do krieguer é de preocupar. Trouxe o Morales e orteman, demonstração de que contrata no escuro. Em hipótese alguma poderiam ter trazido esses jogadores que em nada contribuíram para a melhora do time. Quando estávamos na frente, krieguer e seus pares deveriam vasculhar o mercado e encontrar um jogador que fizesse diferença no ataque. Um bom atacante teria garantido o título. Repito: bastava uma boa contratação para o ataque e garantiríamos o título. Em vez disso, fizeram aposta na hora errada, contratando sem informação. Se dependermos do Roth pra contratar também não estaremos seguros. Sua indicação foi o Amaral. Me parece que falta ao grêmio um serviço de inteligência, capaz de mapear o mercado e ter uma lista de jogadores capazes de fazer o titulo da libertadores tornar-se realidade. Isso não me deixa muito otimista.

Jabba disse...

Grande texto Kbcinha. Não podemos nos apequenar e aceitar que entramos em algum campeonato somente para participar, temos que entrar sempre para ganhar, até quando isso parece impossível. Ano que vem é a oportunidade ideal para voltarmos a esse caminho de vitórias, a Libertadores está aí e se montarmos um time ao menos razoável temos grandes chances.
Mas tem que contratar bem, contratar com inteligência.