domingo, 5 de julho de 2009

Amanhã há de ser outro dia...

Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido,
Esse grito contido,
Esse samba no escuro.
(Chico Buarque: Apesar de você)


A vitória sobre o atlético paranaense neste domingo foi um fraco analgésico para a intensa dor causada pela eliminação da libertadores.
Como era de se esperar a torcida ainda demonstrava decepção. Um clima de tristeza e inconformidade pairava no estádio olímpico. Os 4 gols da dupla castelhana Maxi e Herrera foram leves anestésicos aplicados nas feridas profundas da torcida. O futebol apresentado foi bem mais ou menos. Diante da circunstancia, o resultado foi muito bom, mesmo considerando a fragilidade do atlético que, pelo futebolzinho, é candidato a cair.

Os 3 pontos dão um pouco de tranqüilidade, mas não são capazes de mascarar as tantas limitações do time. Tanto se falou na ineficiência do ataque nos últimos tempos que esquecemos de pensar na defesa. Nosso sistema defensivo que tem vazado muito. Nos últimos 5 jogos, levamos 11 gols: 5 do cruzeiro, 2 do goiás, 3 do sport e um do Atlético PR (só não fez mais pela ruindade dos seus jogadores). A mudança de esquema tornou mais vulnerável a defesa gremista. Paulo Autuori tem que consertar a cozinha além de ajustar o ataque.

A vitória no brasileiro não é capaz de conformar os gremistas com a oportunidade desperdiçada na libertadores. Nosso gremismo foi machucado por mais um “quase”. O que fica, e o que todo mundo percebeu desde o início do ano, é que a direção do Grêmio não tem preparo suficiente pra conduzir o clube a um titulo da libertadores. A ferida fica porque a libertadores era um sonho possível. A incompetência da direção minou nosso sonho.Como o clube é presidencialista, o responsável tem nome: Duda Kroeff (cá entre nós, “Duda” não é nome de presidente).

Kroeff e seus amigos pensam que o futebol se faz a moda dos anos 80 e não foram capazes de formar um time à altura da libertadores, tampouco à altura da torcida. Aliás, os episódios lamentáveis nos quais nossos sócios foram maltratados e impedidos de entrar no estádio na quinta-feira, denotam que a incompetência não restringe-se à formação do time, mas à administração do clube como um todo. A presença quase decorativa de nosso presidente o torna uma espécie de rainha da Inglaterra. Ultimamente ele tem justificado os fracassos e a falta de qualidade no time à precariedade financeira do clube.

Para evitarmos essa falácia, é bom lembrar que já fizemos time muito melhor com muito menos. Buscamos Diego Souza quando ninguém mais lembrava desse jogador, Hugo veio para o Grêmio custando pouco, descobrimos a zaga Teco e william (esse que ergueu caneco no aterro) no interior mineiro, repatriamos o Lúcio, colocamos Lucas e Carlos Eduardo no time principal na hora certa. No ano passado Rever e Victor vieram do interior paulista e não causaram nenhum absurdo aos cofres. Esses são alguns exemplos de que é possível fazer time sem comprometer as finanças. Pra isso é necessário competência, algo que a atual direção não tem mostrado. A serviço de Cacalo e Koff, a atual direção mostra uma concepção ultrapassada do clube e seu fisiologismo faz mal ao Gremio. Gostaria que a reformulação prometida não ocorresse só entre os jogadores, mas também nos quadros do Grêmio. Infelizmente, o laranja Kroeff não parece ter coragem suficiente para isso.

3 comentários:

Unknown disse...

Beleza esse blog de vocês ae Amarante, um excelente espaço pra falar o que se pensa a respeito do nosso estilo Grêmio de ser. Bom a respeito do jogo concordo e assino embaixo com o Profº, essa direção é fraca e amadora, sorte a nossa que neste ano os times parecem ser ainda piores e desta forma estamos livre do descenço.
Mas sinceramente, da vontade de mandar tudo pra PQP, estamos fadados ao fracasso com essa direção, o senhor presidente é um legitimo "loser", vê-se a derrota na face dele. Continuo sendo sócio apesar dos pesares mas não frequento o olimpico desde que essa direção assumiu e nem tenho planos de fazê-lo enquanto essa direção não sair. Abraço.

Kbecinha disse...

O amadorismo dessa direção pode ser resuido numa frase antes do jogo de ida contra o Cruzeiro: "Precisamos sair vivos do Mineirão.". Que forma de motivar um time de futebol e tirar a responsabilidade das costas dos jogadores.

O André Krieger abandonou o barco depois de afundá-lo. Deveria ter saído no fiasco do Brasileirão junto com o Roth.

A verdade é que larguei de mão. Não dá mais. O tie do Grêmio é uma caricatura e não dá nem vontade de torcer. O ano acabou.

Luiz Fernando disse...

Bah, Amarante! Vê se da próxima vez tu não esgota o tema, e deixa um espaço para os comentários!!!

EStás coberto de razão: esta direção não existe.

Os torcedores que protestaram após o jogo contra o Cruzeiro, na frente do portão 3, pediam a volta do Odone. Uma analise perfunctória levaria a crer que tais torcedores queriam a volta do ex-Presidente. Na verdade, o pedido era mais profundo. Ao gritar por Odone, a torcida queria dizer: por favor, ponham alguém do ramo, alguém que tenha alguma afinidade com o futebol, que, salvo melhor juízo, ainda é a razão de ser desta instituição. Saliento que não guardo qualquer afinidade com as políticas do Odone, mas é inegável que ele é do ramo.

Nas cadeiras do Olímpico, corre a boca pequena que a saída do Krieger (já vai tarde!!!) decorreu da insatisfação dele com o poder de mando do CAcalo. Dizem que o Presidente não faz nada sem consultar o ex-dirigente.É a velha política do Grêmio, batida e ultrapassada, onde um grupo de caciques decide o destino do clube sem assumir a reponsabilidade pelas consequências, atuando apenas nos bastidores.

Ora, o Grêmio é grande e merece respeito! Quem quiser auxiliar, dirigir ou decidir pelo clube que o faça de próprio punho, sem a utilização de laranjas ou fantoches!

CAda dia evidencia-se mais a necessidade de sangue novo na política tricolor. Oxigenação já! Que venham representantes de todos os setores do estádio, representando as mais diversas idéias, para que se possa construir um Grêmio forte e vencedor.