quarta-feira, 4 de junho de 2008

Pela dignidade clubística


A contra gosto vou mencionar neste espaço um outro clube, mas o faço por acreditar que isso pode servir para algumas reflexões sobre o Grêmio. No domingo a noite o programa 3º tempo, do asqueroso Milton Neves, contou com a participação de um jogador do corintihians, o qual vestia uma camisa do clube. Questionado sobre o uso da camisa, o jogador revelou que em seu contrato havia uma cláusula que o obrigava a usá-la em entrevistas. Utilizo esse fato por simpatizar com esse tipo de medida e penso que o Grêmio deveria adotar regras dessa natureza. Vivemos um tempo de profissionalismo radical no qual jogador diminui cada vez mais seu envolvimento com o clube. Seu trabalho e esforço, na maioria das vezes, visa conquistas pessoais: seleção, contrato com clube do exterior, etc. Quando surge um jogador que se identifica com a torcida, logo vira ídolo tamanha a carência do torcedor em ver em campo um sentimento semelhante ao seu. Se não é possível tornar todos os jogadores em torcedores, pelo menos pode-se criar medidas que o vinculem permanentemente ao clube. Além do uso obrigatório da camisa tricolor em eventos midiáticos, defendo, também, a aplicação de multa ao jogador que trocar a camisa do Grêmio com o adversário após o jogo. É um desrespeito com o torcedor que ama sua camisa e odeia todas as demais. Na minha opinião jogador do Grêmio não deveria nem cumprimentar adversário, nem antes nem depois do jogo. Essas “desportividades” restringem a utilização de cotovelada, pisão no tornozelo, tostão, cusparada e outros recursos tão importantes na busca da vitória. É o maldito fair play que tanto combatemos aqui. Devemos buscar meios de amenizar o mal que a era do politicamente correto tem causado ao verdadeiro futebol. Se os tempos nos impelem à hipocresia do espírito esportivo, então lancemos mão de medidas legais que visem preservar a dignidade e identidade clubística.
Ah, a foto é pra ilustrar o que entendemos por 'verdadeiro futebol'.

4 comentários:

Anônimo disse...

Fair play de cu é rola já diria um bagual velho.

Luiz Fernando disse...

Grande professor!

Eu concordo com tua idéia a respeito do fair play. Aliás, é de se notar que, após a adoção das posturas politicamente corretas, verificou-se um aumento da violência extracampo, apesar da "melhora" no comportamento dentro de campo. Não que isto tenha uma relação direta, mas é algo que me intriga.
Ressalvada a questão da troca de camisas, eu tb concordo com as demais idéias expostas. Afinal, é importante retomar a vinculação jogador-clube-torcida.
Só não podemos perder de vista uma coisa (e sei q isso não passa pela tua cabeça): certas atitudes trazem identificação com o clube, mas não dão futebol para ninguém. Temos q ter cuidado, pois já caímos no erro de valorizar jogadores ruins só pelo fato de se identificavam com o clube.

Anônimo disse...

Nada a acrescentar, concordo com tudo. Se o Grêmio tivesse escalado alguém p/ partir o Riquelme no meio ano passado teríamos saído campeões. Não fez isso e tivemos que ver ele comemorar o gol, passando na frente de todos nossos jogadores e nenhum "profissional" p/ dar-lhe uma rasteira. Esse campeonato brasileiro parece um chá de panela, tamanha a frescura das arbitragens e dos jogadores.

Anônimo disse...

"Chá de panela" foi muito boa. hehe