quarta-feira, 28 de maio de 2008

Roth é turrão!!


Há tempos menciono a carência de jogadores de criação no grupo do Grêmio. No time dito titular temos apenas o Roger como referência para essa função. Semana que vem chega o Tcheco, o qual não sabemos em que situação física se encontra. Como todo mundo sabe, grupo é o que faz a diferença em um campeonato longo e de pontos corridos. Para o meio de campo do Grêmio temos os seguintes jogadores no plantel: Eduardo Costa, Rafael carioca, Willian magrão, Amaral, Makelele, Maylson, Adilson, Rudinei, Émerson, Julio dos Santos e Roger. No meu entender, somente estes dois últimos tem características de articulação e de organização de jogadas. Diante das poucas alternativas para este setor de criação, acredito que devemos manter o Julio dos Santos.
Sobre ausência de Julio no banco de reservas do Gremio, Celso Roth alega que o jogador já teve suas oportunidades. Em suas palavras Roth disse o seguinte:

“Ele vem ganhando oportunidades desde que eu cheguei aqui. Mas o jogador tem que fazer por onde. Ele jogou, treinou, participou de amistosos e não aproveitou as chances que recebeu. Eu tenho que ser justo com o grupo”.

Não vejo as tantas oportunidades que foram dadas a ele. Quantas oportunidades foram dadas ao Nunes ou ao Jonas? Além disso o argumento do Roth é estúpido na medida em que poderíamos lançar mão das oportunidades que o próprio Roth recebeu para mostrar serviço e não o fez: campeonato Gaúcho e Copa do Brasil. Sua resposta para esses fracassos foi: “futebol é repetição”. É repetição para ele, para os outros não. Além dessa contradição do discurso limitado do nosso comandante, quero abordar um outro aspecto que considero imprescindível na condução de uma equipe de futebol: habilidade em relações humanas.
A frase do Roth é catastrófica nesse aspecto. No papel de comandante e liderança deveria elogiar o jogador a fim de criar nele um autoconfiança. Explicar, também, que todos são imprescindíveis em um campeonato longo e que as oportunidades surgirão para todos no decorrer das partidas. O discurso depreciativo inclusive desvaloriza o jogador para uma eventual negociação. ROTH É TURRÃO. É turrão porque não tem carisma, habilidade de liderar, de motivar, impregnar os jogadores de autoconfiança e fazê-los jogar mais do que sabem, enfim, “ter o grupo na mão”. Encontramos essa habilidade nos técnicos mais vitoriosos do esporte brasileiro. Cito apenas três: Felipão, Luxemburgo e Bernardinho. Nosso técnico infelizmente não tem a habilidade humana e, talvez, aí esteja uma explicação para suas míseras conquistas. Caberia à direção intervir nestes casos, mas não discutirei isso agora. O que quero dizer, contrariando um baluarte da crônica esportiva gaúcha, é que não é possível ser turrão e bom treinador. Oras!

4 comentários:

Luiz Fernando disse...

grande Amarante!

Tb acho q devemos manter o Julio dos Santos. Não q ele seja o armador dos meus sonhos, mas para grupo acho q serve. Tem boa técnica, mas precisa se adaptar ao futebol brasileiro.
E não dá p esquecer que ele passou por um drama pessoal (o irmão de 11 anos falece vítima de um câncer).
abraço

Anônimo disse...

Concordo plenamente, em especial quando dizes que o Roth não é um bom técnico. Bom técnico tem a confiança dos jogadores e da torcida, assume as suas posições e não se esconde atrás de desculpas. Se ele prefere um time com 3 zagueiros e 2 volantes que assuma isso, mas não diga que o Julio dos Santos não aproveitou as chances.

Anônimo disse...

Será que é implicância do Roth? Ou será ataque de estrelismo? Algo que criticavámos outro dia. O Grêmio teve paciência com os problemas pessoais dele e na primeira vez que não é aproveitado já quer ir embora. Sinceramente, o Grêmio é bem maior que esse jogador paraguaio. Mandem-no a pqp, mas tragam um substituto a altura (do Grêmio).

Anônimo disse...

Não concordo que o jogador reclame, mas as circunstâncias levam a crer que é implicância. O cara não fica nem no banco, mesmo não havendo outro jogador da posição para uma eventual substituição do Roger.